Garanta 40% de desconto
👀 👁 🧿 Todas as atenções voltadas a Biogen, que subiu +4,56% depois de divulgar o balanço.
Nossa IA selecionou essa ação em março de 2024. Quais são as próximas ações a MASSACRAR o mercado?
Descubra ações agora mesmo

Carro zero fica mais distante e custa ao menos 40 salários mínimos

Publicado 23.01.2022, 04:45
Atualizado 23.01.2022, 21:56
© Reuters.  Carro zero fica mais distante e custa ao menos 40 salários mínimos

Em um mercado em que os modelos populares estão à beira da extinção e o custo de financiamento sobe em velocidade que não se via havia 13 anos, sair de carro novo de uma concessionária vem se tornando um sonho inviável a um número cada vez maior de brasileiros.

Se, quatro anos atrás, 28 salários mínimos eram suficientes para comprar um automóvel, hoje não se adquire um zero quilômetro por menos de 40 salários mínimos. Isso porque o salário mínimo, com alta de 27%, não conseguiu acompanhar o salto três vezes maior no período (83%) do preço do carro mais barato do mercado - hoje, o subcompacto Kwid, da Renault (PA:RENA), que custa R$ 48,8 mil.

Levantados com exclusividade para o Estadão/Broadcast pela consultoria Jato Dynamics, os dados oferecem um retrato do abismo entre a renda e preço dos veículos. Revelam também em números como a transição dos carros compactos a modelos maiores, tanto em tamanho quanto em conteúdo tecnológico, mudou o curso de um produto que vinha, por muito tempo, tornando-se mais acessível.

A pandemia ajudou a acentuar bastante a elitização no consumo de automóveis porque as restrições de oferta abriram margem ao repasse de aumentos de todo tipo na estrutura de custo das montadoras: do frete aos materiais usados na produção, passando pela energia, e com tudo maximizado pelo câmbio mais caro.

MUDANÇA

A guinada das montadoras tem origem anterior à crise sanitária. Nem a indústria, decidida a voltar a ser rentável em vez de brigar por participações de mercado a qualquer preço, nem o consumidor de menor renda estão dispostos a pagar a conta das tecnologias de controle de emissões e segurança que vêm se tornando obrigatórias nos carros fabricados no País.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Assim, as montadoras decidiram se voltar nos últimos cinco anos a um público de maior poder aquisitivo, investindo em modelos maiores - especialmente utilitários esportivos (SUVs) e picapes.

CUSTO

O resultado é que modelos populares estão sendo aposentados - entre eles, o Uno e, futuramente, o Gol -, enquanto os carros que seguem no mercado estão sendo vendidos, na média, por mais de R$ 120 mil. Antes da pandemia, essa conta ficava abaixo dos R$ 100 mil, conforme dados da Bright Consulting.

O mercado de carros teve dois momentos distintos nas últimas duas décadas. Durante a maior parte desse período, entre 2000 e 2018, o produto se tornou mais acessível, e com anos marcados por incentivos do governo, como o IPI reduzido, o consumo anual de automóveis de passeio chegou a passar das 3 milhões de unidades - o dobro do ano passado.

Porém, após esse ciclo, o movimento se inverteu, com o carro voltando a se distanciar do alcance dos brasileiros nos anos seguintes, marcados pela ascensão dos SUVs sobre os segmentos de entrada e avanços do padrão tecnológico em meio à globalização das plataformas.

Numa comparação que ilustra bem a diferença de viabilidade do produto, o brasileiro precisa trabalhar três vezes mais do que o americano para conseguir comprar um automóvel, se considerado o salário mínimo de cada país.

Nos Estados Unidos, o modelo mais barato é o Chevrolet Spark, que em sua versão mais básica custa US$ 13,6 mil, ou 12 salários mínimos de um trabalhador de lá com jornada de 40 horas semanais.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Diretor de desenvolvimento de negócios da Jato, Milad Kalume Neto diz que, mesmo se o dólar se estabilizar abaixo de R$ 5 no futuro, a possibilidade de o preço de entrada do automóvel voltar ao valor mais próximo de R$ 40 mil esbarra na prioridade da indústria.

"Para lançar veículos mais acessíveis, a indústria precisará de tempo para amortizar investimentos realizados nos últimos anos e realizar mais lucros. Não podemos nos esquecer que o setor vem se recuperando de três crises nos últimos anos sete anos", afirma Kalume Neto, referindo-se à recessão doméstica de 2015/2016, a pandemia e, agora, a crise de oferta causada pela escassez de componentes eletrônicos.

MODELO ANTIGO

Há quase seis meses em busca do meio de transporte para ir ao trabalho, o enfermeiro Bruno De Paula foi um dos brasileiros que viram o sonho do carro próprio ficar mais difícil. Ele conta que pensava em adquirir um seminovo popular como o HB20. Contudo, precisou optar por um modelo com mais de dez anos de fabricação. "Para não abrir mão de alguns itens de conforto, eu preferi comprar um mais antigo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Dólar alto é bom para a economia disse um ministro da quadrilha do Bozonazi. Aguenta ai que esse ano a quadrilha sai do poder.
É só o mito ir lá e dar canetada na taxa de juros e fazer arminha para o dólar subir que fica baratinho.
Enquanto o povo comprar vai subir, so ficar 1 ano sem comprar que vao entrar em desespero!
o Ipva que é ótimo 4% para os governadores mamarem de um lixo Kwid lixo a 68 mil reais... Não 88 mil num Gol é o fim da picada
carroças brasileiras mais caras do mundo
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.