PEQUIM (Reuters) - A China e os Estados Unidos estão em contato sobre a assinatura da fase um de um acordo comercial, disse o Ministério do Comércio da China, o que vai reduzir tarifas sobre produtos chineses e aumentar as compras de produtos agrícolas, energéticos e manufaturados norte-americanos.
A primeira fase do acordo foi anunciada na semana passada, após mais de dois anos de negociações comerciais intermitentes, embora nenhuma das partes tenha divulgado muitos detalhes específicos do pacto.
As equipes de comércio da China e dos EUA estão em estreita comunicação, disse Gao Feng, porta-voz do Ministério do Comércio da China, em entrevista a repórteres nesta quinta-feira, acrescentando que não há informações específicas sobre o acordo a serem divulgadas atualmente.
"Após a assinatura oficial do acordo, o conteúdo do pacto será divulgado", afirmou Gao.
Autoridades norte-americanas dizem que a China concordou em aumentar as compras de produtos e serviços dos EUA em pelo menos 200 bilhões de dólares nos próximos dois anos.
Até agora, as autoridades chinesas não confirmaram publicamente muitas partes da versão de Washington -- especialmente sobre os compromissos de compra de mercadorias. Mas a China disse na sexta-feira, quando o acordo foi anunciado, que importará mais trigo, arroz, milho, energia, produtos farmacêuticos e serviços financeiros dos EUA.
Nesta quinta-feira, a China divulgou uma nova lista de isenções de tarifas para importações dos Estados Unidos, principalmente de produtos químicos, dias após as duas maiores economias do mundo anunciarem a fase um do acordo. A China disse que a segunda parte da lista de isenções será divulgada no momento apropriado.
Os EUA disseram que o acordo também inclui proteções legais chinesas mais fortes para patentes, marcas registradas e direitos autorais, incluindo procedimentos criminais e civis aprimorados para combater infrações online produtos pirateados e falsificados.
Os dois países chegaram a um consenso sobre a proteção de segredos comerciais, protegendo os direitos de propriedade intelectual de produtos farmacêuticos e reprimindo falsificações e produtos pirateados nas plataformas de comércio eletrônico, disse o vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen.
A China intensificará a proteção da propriedade intelectual, mas em seu próprio ritmo, disse Wang.