Vice-presidente para Regulação Prudencial do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Sam Woods avaliou que, nos últimos 15 anos, as reformas financeiras são "uma história de sucesso". "Temos construído um regime que pode suportar choques, incluindo quebras de banco, sem desmoronar", ressaltou, em discurso nesta segunda-feira, 16, na Mansion House, em Londres.
O dirigente disse, porém, que ainda "há muito a ser feito" e citou reformas potenciais, em seu discurso. Para ele, trata-se de "completar a missão estabelecida por nós após a crise de 2008, em vez de repensar totalmente a regulação".
Woods enfatizou a importância de se manter alerta, mas considerou que nos últimos 12 meses o sistema bancário global ficou mais forte.
Em seu discurso, a autoridade do BoE mencionou as quebras recentes do Silicon Valley Bank (SVB (OTC:SIVBQ)), nos EUA, e do Credit Suisse (SIX:CSGN), na Suíça.
Ele notou que houve "algumas quebras bancárias dramáticas", mas ressaltou que isso não levou a uma crise sistêmica. Para Woods, os episódios podem ser vistos como "casos de sucesso" no esforço de reformas após a crise financeira.
Woods argumentou que um sistema de "risco zero" de quebras em um sistema privado. Por outro lado, ressaltou a importância de que se evitem crises financeiras sistêmicas. "Se uma empresa quebra, não pode ser permitido que isso vire um efeito dominó que derrube todo o sistema."
Ao tratar do caso dos dois bancos citados, Woods citou a importância de que as autoridades atuem rápido para conter o problema. Uma resolução inadequada pode prejudicar a confiança de modo sério, advertiu. Na avaliação dele, nos dois casos o contágio para o sistema bancário global "foi limitado".