Fique por dentro das principais notícias do mercado desta sexta-feira

EdiçãoJulio Alves
Publicado 13.06.2025, 08:16
© Reuters.

Investing.com – Os índices futuros das ações dos Estados Unidos operam em baixa nesta sexta-feira, refletindo o aumento das tensões geopolíticas após um ataque aéreo de grande escala realizado por Israel contra alvos militares e nucleares no Irã. O episódio levou os preços do petróleo a dispararem.

Além disso, os investidores acompanham os desdobramentos do acidente fatal com um voo da Air India, que pressionou as ações da Boeing (NYSE:BA) e de outros fornecedores da indústria aeroespacial.

No Brasil, os investidores seguem acompanhando a reação política ao pacote de aumento de impostos do governo, bem como novos dados sobre a economia, com a divulgação do volume de serviços para o mês de abril.

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1. Futuros dos EUA recuam com tensão geopolítica

Os principais índices futuros de Nova York operam em território negativo, enquanto os preços do petróleo disparam.

Às 7h50 de Brasília, o futuro do índice Dow Jones recuava 449 pontos, ou 1,3%. O S&P 500 caía 83 pontos, ou 1,4%, e o Nasdaq 100 registrava queda de 318 pontos, ou 1,5%.

A possibilidade de escalada do conflito no Oriente Médio — região estratégica para o fornecimento global de energia — aumenta a percepção de risco entre os investidores, que também monitoram tensões comerciais persistentes, com potenciais efeitos sobre o crescimento econômico mundial.

Apesar disso, os mercados acionários globais haviam mostrado trajetória positiva desde abril, sustentados pela expectativa de que a política tarifária do presidente Donald Trump não fosse tão agressiva quanto o inicialmente projetado. Dados inflacionários considerados moderados para o mês de maio contribuíram para o movimento de alta observado na quinta-feira em Wall Street.

2. Petróleo avança com tensão no Oriente Médio

O petróleo registrou forte valorização nesta sexta-feira, impulsionado por relatos de que Israel atingiu dezenas de alvos estratégicos no Irã, entre eles instalações nucleares. “Após o ataque preventivo do Estado de Israel contra o Irã, espera-se um ataque de mísseis e drones contra o território israelense e sua população civil no curto prazo”, afirmou o ministro da Defesa israelense, Israel Katz.

No momento da redação, os contratos futuros do Brent, referência internacional e para a Petrobras (BVMF:PETR4), avançavam 8,94%, negociados a US$ 75,54 por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), referência nos EUA, operava com ganho de 9,23%, a US$ 74,32 o barril.

Ambos os benchmarks atingiram os maiores patamares em quase cinco meses, em meio ao receio de que o conflito comprometa rotas marítimas e infraestrutura energética no Golfo Pérsico.

Em busca de proteção, investidores migraram para ativos considerados mais seguros, como ouro e franco suíço. O rendimento do Treasury de 10 anos, que se move em sentido inverso aos preços dos títulos, recuou para o menor nível em um mês.

Em resposta à ofensiva israelense, o Irã lançou cerca de 100 drones contra o território de Israel, segundo autoridades militares. Sirenes de emergência foram acionadas em todo o país diante da expectativa de novos ataques com mísseis. A imprensa estatal iraniana confirmou a morte do comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, além de seis cientistas ligados ao programa nuclear.

3. Ações da Boeing caem após acidente da Air India

A Boeing registrou queda superior a 4% na sessão de quinta-feira, em reação ao acidente fatal envolvendo um de seus aviões operado pela Air India. O voo, que se dirigia ao aeroporto de Gatwick, em Londres, caiu logo após decolar de Ahmedabad, no oeste da Índia, resultando em mais de 240 mortes, de acordo com a Reuters. Equipes de resgate continuam a busca por desaparecidos e partes da fuselagem.

A aeronave envolvida era um Boeing 787-8 Dreamliner com cerca de 242 pessoas a bordo. O jato colidiu com um alojamento universitário, provocando vítimas também em solo.

Empresas fornecedoras de componentes para o modelo 787 também foram afetadas. As ações da GE Aerospace (NYSE:GE), responsável pelos motores GEnx-1B, e da Spirit AeroSystems (NYSE:SPR), fabricante de estruturas aeronáuticas, também fecharam em queda.

4. Expectativa por dados da Universidade de Michigan

No calendário econômico desta sexta-feira, o destaque é a divulgação do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que também mede expectativas inflacionárias.

Economistas esperam uma leve recuperação do indicador em junho, após meses de deterioração provocada pelas preocupações dos americanos com os efeitos da política tarifária dos EUA. Ainda assim, a projeção é de que o índice permaneça em patamar moderado, refletindo a persistência de expectativas inflacionárias elevadas.

Segundo analistas do ING, o componente de inflação para um ano à frente deve permanecer em 6,4%. Embora os dados de maio tenham mostrado pressões inflacionárias relativamente contidas, especialistas alertam que o impacto total das tarifas ainda não se manifestou completamente nos preços ao consumidor.

5. Volume de serviços e política fiscal no Brasil

Os investidores ficarão atentos a novas declarações em Brasília sobre as medidas de ajuste fiscal do governo via arrecadação, depois que o presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que será votada, na próxima segunda-feira, a urgência de um decreto legislativo para sustar parcialmente mudanças no imposto sobre operações financeiras (IOF).

O Ministério da Fazenda defende que a medida provisória (MP) publicada para substituir um decreto anterior sobre o IOF deve gerar uma economia de R$ 4,3 bilhões em 2025 e de R$ 10,7 bilhões em 2026, por meio da revisão de despesas em programas como Pé de Meia, Seguro Defeso, Comprev e Atestmed. A MP também prevê aumento de arrecadação com novas tributações sobre aplicações financeiras, apostas eletrônicas e títulos anteriormente isentos, estimando ganhos de R$ 10,5 bilhões em 2025 e de R$ 20,9 bilhões em 2026.

No calendário econômico de hoje, os investidores aguardam novos dados sobre o setor de serviços para o mês de abril, após um crescimento de 0,3% em março, graças à resiliência do mercado de trabalho. A expectativa é de crescimento mais moderado nos próximos meses, diante de juros elevados e restrições financeiras.

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