BUENOS AIRES (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) chegou a um acordo a nível técnico sobre uma ferramenta de financiamento estendido de 44 bilhões de dólares para a Argentina, que deve liberar quase 4 bilhões de dólares em fundos para o país, disse o credor nesta segunda-feira.
A aprovação, que precisa ser ratificada pela diretoria do FMI, liberaria 3,9 bilhões de dólares para o país sul-americano em apuros, que busca reconstruir reservas e conter a inflação galopante.
A Argentina, um grande produtor de grãos, fechou um novo acordo com o FMI mais cedo neste ano para substituir um enorme programa fracassado de 2018. O novo programa foi fundamental para poder cobrir as obrigações do país para com o FMI, que, de outra forma, a Argentina não conseguiria pagar.
Esse acordo veio com metas econômicas, incluindo a reconstrução das reservas internacionais esgotadas e a redução de um déficit fiscal primário profundo para melhorar as finanças do país.
"A maioria das metas do programa quantitativo revisado até o final de junho de 2022 foi cumprida, com exceção do piso das reservas internacionais líquidas, principalmente devido ao crescimento acima do programado do volume de importações", disse o FMI em comunicado.
"Um período subsequente de volatilidade nos mercados de câmbio e títulos foi interrompido após medidas decisivas para corrigir retrocessos anteriores e reconstruir a credibilidade."
O FMI elogiou as medidas do ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, que assumiu o cargo em agosto após um período volátil em que o ex-ministro Martin Guzmán deixou o posto e sua substituta Silvina Batakis durou apenas algumas semanas na chefia da pasta.
(Reportagem de Adam Jourdan)