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Impacto de rebaixamento de rating americano é limitado? Qual efeito para o Brasil?

Publicado 02.08.2023, 11:59
Atualizado 02.08.2023, 12:03
© Reuters.

Investing.com - Após a agência de classificação de risco Fitch decidir rebaixar os ratings de longo prazo dos Estados Unidos para 'AA+' de 'AAA', com manutenção da perspectiva estável, especialistas acreditam que a medida tem impacto limitado, pois os fatores considerados já eram amplamente conhecidos pelo mercado.

O rebaixamento teve como base a deterioração da posição fiscal, erosão da governança e aumento da ocorrência de disputas de limite de dívida.

Dario Messi, especialista de pesquisa renda fixa do banco suíço Julius Baer, destaca que a Moody's é agora a única agência remanescente entre as três principais mantendo o status AAA para os EUA. A S&P a removeu a classificação no ano de 2011, também devido ao debate sobre o teto da dívida.

Messi lembra que os impasses no limite da dívida demonstram dificuldades de governança e pressionam a confiança. “De fato, os acordos de última hora para suspender ou aumentar os tetos da dívida certamente não são construtivos, especialmente considerando que a regra do limite da dívida é instrumentalizada por políticos nas negociações orçamentárias, enquanto a trajetória do nível da dívida é meramente o resultado do passado – e, portanto, acordado – legislação”, explica.

Para Messi, a implicação dessa mudança é limitada. “As notas do Tesouro dos EUA continuam sendo um dos ativos mais líquidos e seguros, pelo menos em termos de risco de contraparte”, pondera.

O estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, afirma que a notícia tende a pesar nos mercados no curtíssimo prazo. No entanto, a “decisão reflete não um evento isolado, mas uma sucessão de fatores que não são novos ao mercado e que já eram considerados nos preços”.

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“A Fitch baseia sua decisão em projeções acerca do gasto e crescimento americano, a dificuldade na redução estrutural do mesmo, e pontua o risco de recessão ao final de 2024. Mais uma vez, todos os fatores já percebidos pelo mercado. No principal ponto, a questão fiscal, o entendimento atual é que sim, esse é um tema crucial, mas que deve ser endereçado pelo novo governo em 2025, pós eleição de 2024”, pontua o estrategista.

Alves lembra que, quando algo semelhante ocorreu em 2011, o aumento da aversão ao risco global que favoreceu a valorização do dólar no mundo. O estrategista aponta que ainda a decisão foi questionada por uma série de economistas, entre eles, o ex-secretário do Tesouro dos EUA, Larry Summers, e o conselheiro-chefe econômico da Allianz (ETR:ALVG), Mohamed El-Erian.

O economista André Perfeito concorda que o dólar pode ser favorecido no curto prazo e avalia que “provavelmente o Federal Reserve vai moderar eventuais ajustes na sua taxa básica frente os riscos que o sistema financeiro e de crédito nos EUA podem enfrentar por um duplo aperto (piora de nota pela Fitch e alta de juros”.

Efeitos para o mercado brasileiro

A mudança resulta em um cenário é de maior risco. Assim, Perfeito acredita que as condições financeiras mais apertadas fariam o “trabalho sujo” para a Selic, o que corrobora o sentimento do economista de uma atitude mais expansionista do Banco Central brasileiro.

“Tudo mais constante o sinal é positivo para os mercados de capital brasileiros, na margem o Brasil está melhor e pode com isso atrair capitais de curto e médio prazos”, conclui.

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Últimos comentários

ladrões são os que apontam, não os que são apontados,NO MEIO POLÍTICO.
Os comunistas americanos gastam menos do que os fascistas? Gado fica tonto!!! Os fascistas quebraram os USA!!! Crescimento da dívida americana!!! Biden 8%, Trump 40%, Obama 70%, Bush 105%, Clinton 31%, GBush 54%.
Não adianta chorar contra os fatos. Não tenho lencinho para gado.
Biden 8%?
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