😎 Promoção de meio de ano - Até 50% de desconto em ações selecionadas por IA no InvestingProGARANTA JÁ SUA OFERTA

Mercado conta com novo corte de 0,5 ponto da Selic

Publicado 31.01.2024, 04:07
© Reuters.  Mercado conta com novo corte de 0,5 ponto da Selic
USD/BRL
-
CL
-

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta quarta-feira, 31, a nova taxa básica de juros (Selic) do País em meio a incertezas fiscais e à piora da inflação de serviços detectada no fim do ano - a despeito da surpresa positiva nos preços dos demais setores.

Com esse cenário, economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) afirmam que o BC deve manter a cautela e seguir o plano já anunciado - novo corte de 0,5 ponto porcentual, o que levaria a Selic para 11,25% ao ano -, contando com alguma ajuda do câmbio ao longo de 2024 para, enfim, reancorar as expectativas do mercado para o IPCA nos próximos anos.

No mês passado, o Copom cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,5 ponto, para os atuais 11,75% ao ano. O colegiado manteve ainda a sinalização de que esse ritmo de corte continuaria sendo o mais apropriado para as "próximas reuniões". De acordo com levantamento do Projeções Broadcast, a realização de ao menos três novas reduções de 0,5 ponto da taxa Selic, nas reuniões de janeiro a maio, é o cenário de 56 das 60 casas (93%) consultadas.

O economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, afirma que o ambiente externo - que o BC tinha sinalizado como "menos adverso" em dezembro - piorou um pouco. Ele lembra que as apostas do mercado por um corte de juros nos Estados Unidos já em março têm se dividido com expectativas por um começo de ciclo mais tardio, em maio ou junho.

"Houve uma certa euforia do mercado em dezembro que foi revertida, pelo menos no Brasil, com alguma correção. As Bolsas americanas seguem em relativa euforia nos últimos dias, nas máximas históricas, mas o cenário de juros ficou um pouco mais adverso", afirma.

Efeito EUA

O estrategista-chefe da Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein, diz que a curva de juros de 10 anos nos EUA subiu um pouco em relação ao último Copom. "Além disso, as tensões geopolíticas voltaram a aumentar. Nas últimas semanas, o preço do petróleo subiu, em função da tensão no Mar Vermelho."

Além disso, Goldenstein afirma que a política industrial anunciada na semana passada aumenta o risco fiscal, por expandir a parcela de crédito subsidiado pelo Tesouro, via BNDES.

"Além disso, é mais um estímulo para a demanda agregada em um momento em que o governo está muito preocupado com a desaceleração da atividade. Pode ser que a pressão aumente, com o risco de o governo recorrer a medidas mais heterodoxas. Essa notícia é algo que pode atuar na contramão da política monetária do BC", afirma.

Já Gala destaca que o risco de mudança de meta de déficit primário ainda persiste, apesar da resistência quase solitária no governo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por outro lado, o economista do Master minimiza o pacote para a indústria que, segundo ele, não tem o tamanho necessário para impactar a potência da política monetária. "O efeito é menor do que se imaginava. Não vai mudar o balanço de riscos, mas o BC deve mostrar que está atento", pondera.

Câmbio a favor

Com as expectativas para o IPCA estacionadas em 3,5% para 2025, 2026 e 2027 - e uma meta contínua de 3% -, ambos os especialistas dizem acreditar que o Copom pode ter uma ajuda do câmbio para trazer as projeções do mercado para o centro do objetivo perseguido pelo BC.

"Temos uma visão otimista do câmbio devido à solidez das contas externas, com uma balança comercial muito superavitária. O real tem tendência de apreciação", afirma Goldenstein. "O que pode limitar o movimento do real seria o Fed (o banco central americano) adotar uma política não tão agressiva como a que está precificada hoje, o que levaria a uma valorização global do dólar."

No mesmo sentido, Gala lembra que a autoridade monetária não realizou nenhum leilão de dólares "novos" em 2023. "O balanço de dólares brasileiro está muito positivo. A taxa de câmbio pode vir a R$ 4,50 ao longo do ano, o que seria um elemento muito forte para trazer expectativas para 3%. E isso independe de o que o BC vai fazer. O risco é uma mudança muito maior na meta fiscal, que poderia afastar o capital do País e impedir essa apreciação do real." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.