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“Mercados continuarão sangrando, e investidores perderão trilhões”, alerta Dr. Apocalipse

Publicado 28.11.2023, 14:03
© Reuters
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Investing.com - O economista Nouriel Roubini ficou famoso por prever a bolha imobiliária dos EUA que desencadeou a crise financeira global de 2008 e, por isso, ganhou o apelido de “Dr. Apocalipse”. Volta e meia, ele aparece com novas previsões sombrias para os investidores. E agora não é diferente.

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Em um artigo no Project Syndicate, Roubini diz que “o mercado vai continuar sangrando, e os investidores vão perder dezenas de trilhões na próxima década”.

“Os temas que eu destaquei em ‘Megathreats’, publicado em outubro de 2022, se confirmaram”, afirma Roubini.

Segundo ele, a “Grande Moderação” (um longo período de estabilidade macroeconômica que começou em meados dos anos 1980) virou “Grande Estagflação”. “Em 2022, a inflação disparou nas economias avançadas e emergentes, o crescimento global desabou e persistiu até 2023 e a dívida pública e privada se agravou com a alta dos juros pelos bancos centrais para conter os preços”, diz Roubini.

“Com o aperto monetário, a inflação recuou no mundo; além disso, os choques de oferta negativos de curto prazo que geraram estagflação (a pandemia, a alta das commodities após a Rússia invadir a Ucrânia e a política de ‘covid zero’ da China) foram se dissipando em 2023. Mas a inflação ainda fica bem acima da meta de 2% nas economias avançadas, e outros 12 choques de oferta negativos de médio prazo que eu analisei em ‘Megathreats’ se intensificaram”, comenta o economista.

“Além disso, há riscos novos e subestimados, como a ciberguerra e a desinformação com IA, e problemas antigos, como a revolta contra a desigualdade de renda (que pode levar a mais gastos públicos e políticos populistas). Por fim, como os EUA usam mais o dólar como arma de política externa, a desdolarização é um risco grave”, acrescenta.

A festa acabou

Mas esse cenário de dinheiro farto acabou, afirma Roubini. “Os choques de oferta da pandemia, somados aos estímulos para enfrentá-la, provocaram um salto da inflação a partir de 2021. Então, os bancos centrais reagiram (finalmente) elevando os juros nominais e reais. Mas com a dívida pública e privada tão alta, será difícil para os bancos centrais baixar a inflação para a meta de 2%. Eles estão presos em uma ‘armadilha da dívida’, tendo que escolher entre três opções ruins: como manter a estabilidade de preços sem causar uma recessão e uma crise financeira”, alerta.

Os fatos desde a publicação de “Megathreats” confirmaram que essa escolha é um problema sério, adverte o economista. “Se os bancos centrais continuarem a subir os juros para baixar a inflação para 2%, é mais provável que haja uma recessão e problemas de dívida entre os devedores públicos e privados muito endividados. Mas se as autoridades vacilarem e abandonarem seu objetivo de estabilidade de preços, a inflação e as expectativas inflacionárias podem sair do controle, gerando uma espiral de salários e preços”, conclui Roubini.

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