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Milhares de pessoas ficam horas em fila em busca de emprego em SP

Publicado 16.05.2022, 17:41
Atualizado 16.05.2022, 18:00
© Reuters.

Agência Brasil - Em busca de trabalho, milhares de pessoas ficaram por horas em uma fila do Mutirão do Emprego no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. O mutirão foi organizado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo e chegou a oferecer 10,5 mil vagas de emprego em mais de 100 empresas.

A maior parte das vagas é para serviços de telemarketing, mas também foram oferecidas colocações para açougueiro, padeiro, cozinheira e caixa, entre outros. Este foi o primeiro mutirão presencial após dois anos de pandemia de covid-19.

A primeira pessoa na fila era uma senhora de 57 anos. Ela chegou ao mutirão às 19h de ontem (15) para poder ser atendida as 8h de hoje (16), quando teve início o mutirão. Desempregada há dois anos, ela acabou sendo contratada por uma empresa prestadora de serviços para o sindicato, onde começará a trabalhar. Além dela, outras 1,3 mil pessoas também foram atendidas na manhã de hoje.

Pela manhã, a fila começava na frente do Sindicato dos Comerciários, ao lado do Shopping Light (SA:LIGT3), e seguia até perto dos Correios, no Vale do Anhangabaú. À tarde, o movimento estava um pouco mais tranquilo já que foram distribuídas senhas para que algumas pessoas retornem a partir de amanhã (17) para atendimento.

Ao lado do sindicato também foram instaladas carretas onde interessados podiam se inscrever para vagas em cursos profissionalizantes gratuitos oferecidos pelo Centro Paula Souza e pelo Senac.

Cleber Rodrigues, de 40 anos, chegou às 8h da manhã para buscar um emprego. Ele já trabalhou com informática e empresas metalúrgicas até ficar desempregado há cerca de dois anos. Por volta das 12h30, ainda sem almoçar, ele continuava na fila esperando para ser atendido. “Pode ser na área de informática, indústria metalúrgica. O que vier”, disse à reportagem da Agência Brasil. “Tenho formação e experiência, então espero conseguir.” “[Ficar desempregado] é horrível porque você não tem de onde tirar o seu sustento e nem [consegue] pagar as contas”, acrescentou.

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Pessoas mais jovens, como Jennifer Saito, 25 anos, também estavam na fila buscando uma oportunidade no mercado de trabalho. “Tenho ensino médio completo e ainda não terminei a faculdade de design. Já dei aulas de inglês e trabalhei como design, já fiz bicos em lojas. Fui demitida na semana passada. Trabalhava em casa, não era registrada, mas consegui um dinheirinho durante a pandemia”, afirmou. Agora, ela busca uma vaga qualquer. “Sendo bem sincera, eu aceito qualquer coisa. Acho que estamos em uma época muito complicada, então qualquer coisa que estiver vindo está bom. Estamos em um momento de crise e é muito difícil conseguir um emprego neste momento. Então não posso ficar exigindo muito.”

Cozinheira há mais de 30 anos, com experiência e formação na área, além de cuidadora, Maria Angela Gonçalves Santos, 59 anos, chegou no Anhangabaú as 7 horas da manhã. Por volta das 13h, estava próxima de ser atendida no mutirão. “Estou há dois anos fora da minha área. Era cozinheira e agora estava trabalhando de cuidadora. Os hospitais me chamavam para cuidar dos pacientes que estavam internados. Mas agora estou desempregada”, disse.

“Espero que tenha pelo menos uma vaga ou para cuidadora ou para cozinheira. Estou topando o que aparecer porque ficamos sem saída: o custo de vida está muito alto, o salário está muito defasado e aí, quanto mais você ficar desempregada, mais complicado vai ficar.” Ela vem buscando vagas há anos, mas diz que a competição no mercado de trabalho está alta. “E às vezes a pessoa quer que você troque a sua profissão. Você é cozinheira, mas querem que você pegue como ajudante. Mas você já passou dessa fase. Podem até diminuir o meu salário, mas não minha profissão”, disse ela. “Estou com esperança que eu consiga alguma coisa”, acrescentou.

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Uma das pessoas que não conseguiu ser atendida hoje no mutirão, mas obteve uma senha para retornar amanhã foi Amauri Souza Costa Ferreira, 49 anos, que trabalhava como operador de empilhadeira em uma loja de departamentos. “Desde que fui mandado embora, não achei mais vaga no meu setor. Começou a crise e estou desempregado até hoje, há três anos”, afirmou.

“Quando eu cheguei ao mutirão, por volta das 11h, eles já estavam soltando senha para amanhã. Meu número é sete mil e alguma coisa. Vou voltar amanhã”, disse. Mas ele aproveitou que estava ali no Anhangabaú para se inscrever em um curso profissionalizante. “Vim procurar uns cursos para me aperfeiçoar. Procurei gastronomia, metalurgia e fotografia ligada à gastronomia”, disse ele. “Está muito difícil ser desempregado. Estou vivendo de bicos. Mas não é sempre que tem bico e, quando aparece, as pessoas querem pagar muito pouco. Com o preço das coisas, temos que ficar nos equilibrando em uma corda bamba.”

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