CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros de milho negociados na bolsa de Chicago fecharam em alta nesta sexta-feira, com o aumento das tensões geopolíticas estimulando uma rodada de compras de barganhas e um anúncio sobre etanol da Agência de Proteção Ambiental dos EUA sinalizando a demanda pelo combustível à base de milho neste verão, disseram os traders.
Relatos de ataques de mísseis israelenses no Irã durante a noite alimentaram os temores de uma escalada do conflito no Oriente Médio, elevando o petróleo e outras commodities, incluindo grãos. Mas Teerã minimizou o incidente e indicou que não tinha planos de retaliação.
O contrato julho do milho terminou em alta de 6,75 centavos, a 4,43 dólares por bushel. No entanto, na semana, o contrato caiu 4,25 centavos de dólar por bushel, ou 0,95%.25.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos autorizará expansão temporária nas vendas de gasolina com maior teor de etanol neste verão do país da América do Norte, em um esforço para reduzir as possíveis interrupções no fornecimento em meio aos conflitos em curso na Ucrânia e no Oriente Médio, disse em uma carta datada de sexta-feira.
A notícia foi aplaudida pelos representantes dos produtores agrícolas e da indústria de combustíveis renováveis.
Em outra notícia anotada pela mercado de grãos, os plantéis de suínos, porcas e leitões da China estão diminuindo após os esforços do governo para reduzir a capacidade de produção, com expectativa de recuperação dos preços no segundo trimestre, informou o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país.
Já os futuros da soja em Chicago Board também subiram na sexta-feira, com o aumento das tensões geopolíticas estimulando uma rodada de compras de barganha, depois que o contrato de referência de julho caiu para seu nível mais baixo em sete semanas, disseram os traders.
Os contratos da soja julho fecharam em alta de 16,75 centavos, a 11,6575 por bushel, recuperando-se acentuadamente após uma queda inicial para 11,4575, seu valor mais baixo desde 29 de fevereiro.
No entanto, na semana, o contrato caiu 21 centavos de dólar por bushel, ou 1,8%, sua quinta queda semanal consecutiva.
(Reportagem de Renee Hickman)