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Mulheres no mercado financeiro: quais são os desafios nos cargos de C-level?

Publicado 08.03.2023, 06:00
Atualizado 08.03.2023, 06:00
© Reuters

Por Marianne Paim

Cada vez mais as mulheres têm conquistado espaço em posições estratégicas dentro do mundo dos negócios. Apesar da diversificação estar em alta, o processo é considerado lento e exaustivo. De acordo com o relatório Women in the Workplace da consultoria McKinsey em parceria com a Ong LeanIn.Org, algumas chegam a desisitr de suas posições devido a diversos fatores, mas o que tem pesado é a falta de reconhecimento. Mas, como mudar este cenário?

De acordo dados compilados pelo Investing.com -- Top 10 Top Women Entrepreneurs and CEOs -- Um terço das empresas de alto crescimento em todo o mundo agora são dirigidas por mulheres. Segundo o ranking Fortune 500, mulheres atualmente em cargos de CEO representam 8,8% em 2021, ante 6,6% em 2019. Além disso, as empresas pertencentes a mulheres nos EUA geram US$ 1,9 trilhão em receita anualmente (National Association of Women Business Owners).

Considerando as estatísticas, não existe fórmula mágica para o sucesso neste caso, mas há caminhos e políticas que podem ser seguidas para melhorar a diversidade no ambiente corporativo e também no mercado financeiro. Além disso, é possível refletir sobre o cenário: quantas mulheres você já teve como líder? O que elas fizeram de diferente? Como mantê-las na posição? E pensando nisso, conversamos com três executivas do mercado brasileiro que assumiram cargos C-level, considerados de alta gerência nas empresas.

Gerir crises e liderar pessoas

Contornar situações complexas no mercado abriu portas para Bianca Borsato, Chief Operating Officer (CCO) e sócia-fundadora da FIDD, Jurídico Corporativo, Compliance e Pessoas. A executiva esteve envolvida na estruturação de novos produtos, análise regulatória e governança corporativa da Cetip (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados). Fez também parte do time que estruturou aspectos jurídicos da fusão com a BM & FBOVESPA.

A advogada começou a carreira em 2001 no Pinheiro Neto Advogados, trabalhando com direito corporativo, financeiro e de mercado de capitais. Geriu diversas crises e acredita na potencialidade da gestão humanizada de equipes. Algo que, de acordo com ela, facilita até hoje os processos internos e que ela aprendeu com outros exemplos femininos que passaram por sua carreira.

"Ela [uma das diretoras da antiga empresa] trouxe uma visão muito humana e próxima da liderança. Era sempre uma preocupação muito grande de como ser um líder mais próximo do time, que seja antenado às diversas situações e como escutar e adaptar os cenários de acordo com o colaborador", relembra.

A CCO comenta ainda que um dos pilares que sustenta a atual empresa é a não repetição de erros e acredita na diversidade e inclusão - "Não vamos repetir com o time, o que passamos no mercado financeiro". Atualmente, a equipe conta com 55% do quadro de profissionais composto por mulheres -- três delas, em cargo de gerência. "Queremos as pessoas trabalhando com excelência e para isso elas precisam ter vida pessoal e treinamento. Elas precisam acordar e querer vir para a empresa", finaliza.

Incentivar para se posicionar

Daniela Marchiori, cofundadora da fintech de câmbio Frente Corretora e teve, entre suas diversas experiências, figuras masculinas como referência. Mas acredita atualmente que há espaço para ambos se desenvolverem. A chave para este ponto é: incentivar para crescer nos negócios. Antes de empreender, fez carreira no mercado de seguros, com passagens por grandes bancos - do Itaú (BVMF:ITUB4) e Safra, passando por Bradesco (BVMF:BBDC4) e Banco Nacional. Também é fundadora da Movva Corretora de Seguros.

A executiva não abandona os estudos e acredita que o ponto de virada profissional tenha partido do conhecimento. De acordo com ela, quando se está em um cargo de diretoria, as responsabilidades são ainda mais desafiodoras. "[Neste cenário] seus obstáculos diários de antigamente eram muito pequenos diante dos atuais devido ao meu status atual dentro da companhia. As exigências regulatórias são muito pesadas porque sou responsável pela Diretoria de Operações", explica.

A especialista também aposta na qualidade da liderança feminina, mas relembra que em sua experiência, as gerências masculinas foram importantes para a formação. "Elas foram importantes para demonstrar que eu tinha tanta competência quanto, que poderia estar no lugar que estou. Sou incetividadora, sem discriminação", completa.

Ao ser questionada sobre caminhos mais complexos para alcançar o cargo atual, Marchiori enfatiza a importância da maturidade. "Quando cai a sua ficha e que você descobre é capaz, você se desconecta e eu encontrei isso aos 45 anos. Depois disso, você se posiciona de forma mais contundente. Nesta hora qualquer preconceito já não tem mais importância". E finaliza: "Para mim, uma operação de 100 mil dólares ou de 1 milhão de dólares só tem zeros a mais, não me dá nenhum choque a mais".

Tomada de risco e crescimento

Mercado dinâmico e conhecimento estratégico do cenário externo levaram Natália Lima, Chief Financial Officer (CFO) da Nomad, a lugares e experiências profissionais decisivas para sua carreira. A executiva acumula passagens pelo UBS Investment Bank, PIMCO, COO da startup Xerpay até chegar na posição atual. Todo este processo foi cercado por análise e tomada de risco mirando no crescimento profissional.

Segundo ela, todos os desafios enfrentados nessa mudança, a questão de gênero não foi um impecilho, mas aos poucos foi entendendo a importância da posição que se encontra e de assumir papéis de responsabilidade . Quando entrou de vez no mercado das startups viu a oportunidade de executar conhecimentos mais complexos de gestão e liderança.

"Apesar de eu não ter tido uma experiência semelhante antes, eu passava o meu dia analisando empresas, balanços e entendendo como se construia uma empresa de sucesso", afirma ao relembrar o momento de transição do mercado financeiro para o nicho tecnológico. No entanto, foi nesta experiência que a profissional também viu a questão da licença maternidade como forma de mudança. "A gente sempre pensa sobre como será quando voltarmos da licença e o que irá acontecer com a nossa posição na empresa. E eu passei por isso, mas foi algo que me abriu muitos os olhos e em como a mulher fica exposta neste período. A partir dali comecei a procurar outras oportunidades", relembra.

Após este período, assumiu a posição atual. Nela, trabalha em políticas de diversidade e representatividade. "Até um mês atrás, a minha equipe era formada apenas por mulheres - atualmente, de 82 líderes, 41 são mulheres na empresa, mais da metade. Mas na construção da minha carreira não foi algo que eu pensei muito, mas a partir do momento que assumi um papel de liderança, fui entendendo a importância da gestão feminina. E é algo que eu tento preservar bastante.", reforça a executiva.

82 Líderes, sendo 41 líderes sexo feminino - 50% da liderança

Veja alguns vídeos sobre o assunto:

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