Por Laura Sanicola
(Reuters) - Os preços do petróleo fecharam em queda após negociações voláteis nesta quinta-feira, que chegaram a registrar mais cedo uma alta de até 1 dólar por barril depois que uma proibição russa às exportações de combustíveis tirou momentaneamente o foco nos ventos contrários da economia ocidental.
Os futuros do Brent para entrega em novembro (LCOc1) caíram 0,23 dólar, para 93,30 dólares o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) caiu 0,03 dólar, para 89,63 dólares. Ambos os contratos de referência subiram e caíram mais de 1 dólar nesta quinta-feira.
A Rússia proibiu temporariamente as exportações de gasolina e diesel para todos os países fora de um grupo de quatro ex-estados soviéticos, com efeito imediato, a fim de estabilizar o mercado interno de combustíveis, informou o governo russo nesta quinta-feira.
A escassez, que forçará os compradores de combustível da Rússia a comprar em outros lugares, fez com que os futuros do óleo para aquecimento subissem quase 5% nesta quinta-feira.
"À medida que o diesel e o gasóleo provavelmente avançam para novas máximas, estarão posicionados para proporcionar alguma pressão ascendente nos mercados de petróleo bruto", disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associates em Galena, Illinois.
O Fed manteve na quarta-feira as taxas de juros, como amplamente esperado, mas endureceu sua postura com projeção de um novo aumento dos juros até o final do ano.
Isso poderia atenuar o crescimento econômico e a demanda global por combustível. O dólar norte-americano atingiu o seu valor mais alto desde o início de março, tornando o petróleo e outras matérias-primas mais caras para os compradores que utilizam outras moedas.
(Reportagem de Paul Carsten e Natalie Grover em Londres e Laura Sanicola e Trixie Yap)