Por Laura Sanicola
(Reuters) - Os preços do petróleo subiam ligeiramente nas negociações agitadas desta quinta-feira, com altas de até 1 dólar por barril, depois que a proibição russa às exportações de combustíveis tirou o foco dos ventos contrários da economia ocidental, que haviam derrubado os preços em 1 dólar por barril no início da sessão.
Os ganhos foram limitados quando os bancos centrais globais sinalizaram a continuação de uma política restritiva.
Os futuros do petróleo Brent para entrega em novembro subiam 0,29%, a 93,80 dólares, por volta de 13h50 (horário de Brasília). O petróleo dos EUA (WTI) subia 0,55%, para 90,15 dólares. Ambos os contratos de referência subiram e caíram mais de 1 dólar nesta quinta-feira.
A Rússia proibiu temporariamente as exportações de gasolina e diesel para todos os países fora de um grupo de quatro ex-estados soviéticos, com efeito imediato, a fim de estabilizar o mercado interno de combustíveis, informou o governo russo nesta quinta-feira.
A escassez forçará os compradores de combustível da Rússia a comprar em outros lugares, levando as refinarias a processar mais em meio a uma oferta cada vez menor de petróleo para atender a essa demanda, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.
"As notícias russas foram divulgadas e a tensão das perspectivas de longo prazo imediatamente voltou para a oferta", disse Vargas, referindo-se aos sinais agressivos do Federal Reserve dos EUA.
O Fed manteve na quarta-feira as taxas de juros, como amplamente esperado, mas endureceu sua postura com projeção de um novo aumento dos juros até o final do ano.
Isso poderia atenuar o crescimento econômico e a demanda global por combustível. O dólar americano atingiu o seu valor mais alto desde o início de março, tornando o petróleo e outras matérias-primas mais caras para os compradores que utilizam outras moedas.
(Reportagem de Paul Carsten e Natalie Grover em Londres e Laura Sanicola e Trixie Yap)