BRUXELAS (Reuters) - Os preços ao produtor da zona do euro desaceleraram em dezembro em relação ao ano anterior, mas ainda ficaram acima do esperado, mostraram dados nesta sexta-feira, em parte por causa dos bens de consumo duráveis mais caros.
Os preços nas portas das fábricas nos 19 países que usavam o euro em dezembro subiram 1,1% em relação ao mês anterior, para um aumento de 24,6% sobre o ano, desacelerando de 27% na comparação anual em novembro.
Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda mensal nos preços de 0,4% e uma desaceleração sobre o ano para 22,5%.
A energia mais cara ainda foi a principal causa por trás dos preços ao produtor mais altos, subindo 2,5% em relação ao mês anterior e 48,6% sobre o ano, já que a invasão russa da Ucrânia continua a criar problemas de abastecimento.
Sem o componente volátil de energia, os preços ao produtor caíram 0,1% na comparação mensal e aumentaram 12,3% no ano, desacelerando de 13,2% em novembro na comparação anual.
O único componente do índice que apresentou alta mensal e anual foram os preços dos bens de consumo duráveis, que subiram 0,4% em dezembro sobre o mês anterior e avançaram 9,7% sobre dezembro de 2021, ante uma alta de 9,5% em novembro.
Os preços ao produtor são um sinal inicial das tendências inflacionárias porque seus movimentos geralmente são transferidos para os consumidores finais. A inflação anual ao consumidor em janeiro desacelerou para 8,5%. O Banco Central Europeu quer manter a inflação em 2% e tem elevado os juros agressivamente para conter rapidamente o crescimento dos preços.
(Reportagem de Jan Strupczewski)