Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - O preço do barril de petróleo recuou 4% nesta segunda-feira, com o aumento da produção por países da Opep+ e a ameaça de uma nova e severa onda da Covid-19 ofuscando sinais de uma forte recuperação econômica nos Estados Unidos.
O petróleo Brent para junho fechou em queda de 2,71 dólares, ou 4,2%, a 62,15 dólares por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) recuou 2,80 dólares, ou 4,6%, para 58,65 dólares o barril.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, conhecidos como Opep+, concordaram na quinta-feira com aumentos graduais de produção entre maio e julho. O Irã --membro da Opep isento de cortes voluntários-- também está ampliando sua oferta da commodity.
"O 'timing' não foi bom", disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia do Mizuho. "Parecia que a Opep+ iria prorrogar o acordo, mas eles não o fizeram, e agora parece que terão de pagar por isso, pelo menos no curto prazo", acrescentou.
O petróleo se recuperou de mínimas históricas registradas no ano passado com a ajuda de cortes recordes de oferta promovidos pela Opep+, parte dos quais serão mantidos após julho.
As perspectivas para a economia global, enquanto isso, têm sido afetadas por uma nova onda de casos de coronavírus. As infecções dispararam na Índia, Canadá e outros países. A França reforçou medidas de lockdown para conter a disseminação da doença.
Nos EUA, a criação de vagas de trabalho superou a marca de 900 mil em março, mas o número de casos de Covid-19 também avançou, apesar de o país ser um dos mais rápidos no processo de vacinação.
(Reportagem adicional Alex Lawler e Florence Tan)