Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do petróleo subiram nesta terça-feira e ficaram perto de máximos de vários anos, já que a crise no fornecimento de energia continua em todo o mundo, enquanto a queda das temperaturas na China reacendeu as preocupações se o maior consumidor de energia do mundo pode atender a demanda doméstica.
O petróleo Brent avançou 0,75 dólar, para fechar em 85,08 dólares o barril. Os futuros do petróleo dos EUA (WTI) subiram 0,52 dólar para fechar em 82,96 dólares o barril.
Os preços subiram nos últimos dois meses. Desde o início de setembro, o Brent avançou cerca de 19%, enquanto o WTI ganhou cerca de 21%.
"Os balanços de oferta e demanda mostram que o mercado está passando por um déficit de oferta, o que está... elevando os preços", disse Louise Dickson, analista sênior de mercados de petróleo da Rystad Energy.
"Espera-se que este aperto do mercado se estenda por quase todo o ano de 2022, e a demanda de petróleo só alcançará a oferta no quarto trimestre do próximo ano."
Com as temperaturas caindo com a aproximação do inverno no hemisfério norte e a demanda de aquecimento aumentando, os preços do petróleo, carvão e gás natural devem permanecer elevados, disseram traders e analistas.
No Brasil, a Petrobras (SA:PETR4) confirmou que não conseguirá atender à "demanda atípica" das distribuidoras de combustíveis em novembro, que ultrapassou sua capacidade de produção, o que aumenta receios de escassez de abastecimento no país.
(Reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres)