Por Stephanie Kelly
(Reuters) - Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira, impulsionados por sinais da Arábia Saudita de que a Opep poderia cortar a produção, mas as negociações estavam voláteis à medida que os investidores digeriam o cenário e, por fim, ignoravam os avisos do chefe do Federal Reserve dos EUA sobre as dificuldades econômicas à vista.
Os futuros de petróleo Brent subiram 1,65 dólar, fechando em 100,99 dólares o barril. Os contratos futuros de petróleo bruto WTI, dos EUA, subiram 0,54 dólar, fechando em 93,06 dólares por barril.
Na semana, o Brent ganhou 4,4%, enquanto o WTI subiu 2,5%.
Os Emirados Árabes Unidos se tornaram o último membro da Opep+ a afirmar que estão alinhados com o pensamento da Arábia Saudita sobre os mercados de petróleo, disse uma fonte com conhecimento do assunto à Reuters.
Na segunda-feira, a Arábia Saudita sinalizou a possibilidade de cortes de produção para compensar o retorno de barris iranianos aos mercados de petróleo caso Teerã conquiste um acordo nuclear com o Ocidente.
"Permanece a impressão de que a Arábia Saudita não está disposta a tolerar qualquer queda de preço abaixo de US$ 90. Os especuladores podem ver isso como um convite para apostar em novos aumentos de preços sem a necessidade de temer quedas de preços mais pronunciadas", disse o Commerzbank em nota.
(Reportagem adicional de Rowena Edwards em Londres, Sonali Paul em Melbourne e Emily Chow em Kuala Lumpur)