Por Joe Cash
PEQUIM (Reuters) - O presidente da China, Xi Jinping, reuniu-se com líderes empresariais norte-americanos no Grande Salão do Povo, em Pequim, nesta quarta-feira, enquanto o governo tenta atrair de volta investidores estrangeiros e empresas internacionais que buscam garantias sobre o impacto de novas regulamentações.
Pequim quer impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo depois que o investimento estrangeiro direto encolheu 8% em 2023, em meio à crescente preocupação dos investidores com uma lei antiespionagem, proibições de saída, bem como buscas em consultorias e empresas de due diligence.
O foco crescente de Xi na segurança nacional deixou muitas empresas incertas sobre onde poderiam pisar, mesmo quando os líderes chineses fazem aberturas públicas para investidores estrangeiros.
"O desenvolvimento da China passou por todos os tipos de dificuldades e desafios para chegar onde está hoje", disse Xi, de acordo com a mídia estatal.
"No passado, (a China) não entrou em colapso por causa de uma 'teoria do colapso da China' e também não atingirá o pico agora por causa de uma 'teoria do pico da China'", acrescentou.
Stephen Schwarzman, cofundador e presidente-executivo da empresa de private equity Blackstone; Raj Subramaniam, chefe da gigante norte-americana de entregas FedEx, e Cristiano Amon, chefe da fabricante de chips Qualcomm faziam parte do contingente de cerca de 20 executivos dos EUA.
A audiência com Xi - organizada pelo Comitê Nacional de Relações EUA-China, pelo Conselho Empresarial EUA-China e pelo think tank Asia Society - durou cerca de 90 minutos, de acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto.
A fonte, que não quis ser identificada por não estar autorizada a falar com a mídia, não fez comentários imediatos sobre o que foi discutido e as três organizações não responderam imediatamente a pedidos de comentários sobre a reunião.
Os EUA e a China estão retomando gradualmente os compromissos depois que as relações entre as duas superpotências econômicas caíram para o nível mais baixo dos últimos anos devido a confrontos sobre políticas comerciais, o futuro de Taiwan e reivindicações territoriais no Mar do Sul da China.