A forte queda do preço do petróleo reduziu a defasagem do preço do diesel no mercado brasileiro em relação ao mercado internacional e fez a gasolina ficar praticamente alinhada, informou nesta segunda-feira, 5, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), com dados do fechamento de sexta-feira.
Depois de ensaiar altas acima dos US$ 80 no início da semana passada, o petróleo opera instável, entre pequenas altas e quedas, cotado perto dos US$ 77 o barril do tipo Brent por volta das 10 horas (de Brasília).
De acordo com a Abicom, nas refinarias da Petrobras (BVMF:PETR4) o preço do diesel está 7% mais baixo do que a parte norte-americana do Golfo do México, região usada como parâmetro para as oportunidades de importação de combustíveis. Já o preço da gasolina está alinhado com o preço internacional.
Para equiparar o preço do diesel ao mercado externo a Petrobras poderia fazer uma redução de R$ 0,26 por litro, segundo a Abicom. O combustível está há 41 dias com janelas fechadas para importação, o mesmo período do último reajuste. Já a gasolina está há 108 dias sem mudar o preço nas refinarias da estatal e tem aberto janelas pontuais para os importadores. A Acelen, na Bahia, aumentou a gasolina em R$ 0,11 por litro na quarta-feira da semana passada.
Na média das refinarias brasileiras - que inclui três refinarias privatizadas no governo anterior -, o preço do diesel está 5% inferior ao externo e a gasolina 1% mais cara.
Postos
Nos postos de abastecimento, os preços dos combustíveis registraram estabilidade na semana de 28 de janeiro a 3 de fevereiro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na comparação com a semana anterior, apesar da volta do ICMS sobre os combustíveis no dia 1o de fevereiro.
Com a captação de apenas três dias da volta do imposto, o preço médio da gasolina repetiu o valor da semana anterior nos postos, de R$ 5,56 por litro, segundo a ANP. O diesel subiu 0,1%, para R$ 5,92 o litro; e o gás de cozinha caiu 0,3% na mesma comparação.