O Movimento Convergência Brasil, formado por 25 empresários e executivos, elaborou um projeto de lei para tentar vincular recursos provenientes da realização das reformas estruturais atualmente em discussão para programas de distribuição de renda, entre eles o Bolsa Família.
De acordo com Elvaristo Amaral, cofundador do Convergência Brasil, o objetivo é incentivar sobretudo duas agendas: a reforma administrativa e o programa de privatizações. Todos os recursos que entrarem por meio de ações nessas duas áreas terão 30% do total destinado a programas de renda.
Pelos cálculos de Amaral, isso significaria um total de R$ 240 bilhões extras para o Bolsa Família ao longo de dez anos. Para fazer esse cálculo, o movimento Convergência Brasil soma a expectativa de arrecadação de R$ 400 bilhões com o programa de privatizações federais com a economia de R$ 400 bilhões projetada em dez anos com a reforma administrativa.
"O que nos move é a crença nas reformas do Estado, que hoje estão paralisadas", disse Amaral. "É uma agenda de convergência de todos os espectros políticos, da esquerda à direita. E esse movimento nos permite aspirar a um país mais moderno, aberto e competitivo, com um Estado mais ágil e capaz de entregar serviços de qualidade."
Entre os empresários e executivos que participam do Convergência Brasil estão, segundo Amaral: Jayme Garfinkel, presidente do conselho do Porto Seguro (SA:PSSA3); Luiza Heleno Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza (SA:MGLU3); Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander Brasil (SA:SANB11); e Cassio Casseb, ex-presidente do Banco do Brasil (SA:BBAS3).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.