Por Tiyashi Datta
(Reuters) - O Spotify (NYSE:SPOT) disse nesta segunda-feira que cortará 200 empregos de sua unidade de podcast em sua segunda rodada de demissões em massa, enquanto a empresa reestrutura os negócios após anos de investimento pesado.
A mudança afeta cerca de 2% da força de trabalho da gigante do streaming de música e alinha o Spotify com empresas como Meta e Roku, que também cortaram empregos pela segunda vez em resposta a uma economia incerta.
O Spotify investiu agressivamente na construção de seu negócio de podcast nos últimos anos, esperando que os níveis de engajamento mais altos oferecidos pelo formato atraíssem mais anunciantes.
No entanto, isso levou a um aumento nas despesas operacionais da empresa, que cresceram a uma velocidade duas vezes maior do que sua receita no ano passado. O aumento das taxas de juros e a alta inflação indicam que as empresas também têm reduzido os gastos com anúncios.
Em resposta, o Spotify cortou 6% de sua força de trabalho no início de 2023 e anunciou a saída de Dawn Ostroff, que ajudou a moldar seu negócio de podcast e o guiou em meio a controvérsias como a reação em torno do programa de Joe Rogan por supostamente espalhar desinformação sobre a Covid-19.
Sahar Elhabashi, que lidera o negócio de podcasts, disse nesta segunda-feira que a empresa "tomou a difícil, mas necessária, decisão de fazer um realinhamento estratégico".
O Spotify também disse que vai fundir seus estúdios Parcast e Gimlet em uma única divisão do Spotify Studios, que produzirá conteúdo original do Spotify.
A empresa agora adotará uma abordagem personalizada para cada programa e criador, em comparação com a abordagem uniforme seguida anteriormente, disse Elhabashi.