O Ministério do Trabalho e Previdência afirmou nesta quarta-feira, 3, que as declarações sobre contratações ou desligamentos no mercado de trabalho, feitas fora do prazo, não invalidam a trajetória de recuperação do emprego formal desde julho de 2020 no País. Segundo a Pasta, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) podem ser atualizados até 12 meses após a data de realização da movimentação de admissão ou demissão. Isso explica a redução de 46,82% na quantidade de novas vagas criadas no ano passado.
Conforme o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, noticiou mais cedo, após as revisões mensais dos dados de geração de emprego, os números do Caged apontam para a criação líquida de 75.883 empregos formais em 2020. Em janeiro, quando o governo anunciou os números do Caged do ano passado, os dados indicavam a criação de 142.690 novas vagas.
Após a divulgação dos novos números pela imprensa, o Ministério do Trabalho esclareceu que todos os meses as empresas enviam ao governo as declarações de admissões e desligamentos de empregados para aquela competência e também para meses anteriores. "Essas declarações são consideradas fora do prazo e sua inclusão nas estatísticas do CAGED resultam atualização de competências anteriores", explicou.
"A despeito do processo de envio de informações fora do prazo, no ano de 2021 o País já registra saldo de mais de 2,5 milhões de empregos formais", afirma a Pasta.
Ainda segundo o ministério, os dados anunciados do Caged são informações declaradas pelas empresas e podem ser ajustados para 2020 até o final de 2021. "Todos os meses esses dados são atualizados e disponibilizados de forma transparente no painel público do Caged", esclarece.