👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Venda de 'crédito podre' atinge recorde

Publicado 12.12.2022, 05:04
Atualizado 12.12.2022, 08:43
© Reuters.  Venda de 'crédito podre' atinge recorde
ITUB4
-
SANB11
-

Com a inadimplência batendo novos recordes e pressionando a carteira de crédito de grandes bancos, varejistas e fintechs, o volume de contas já vencidas que devem ser vendidas a casas especializadas - o chamado "crédito podre" - poderá terminar o ano em cerca de R$ 75 bilhões. É um recorde, segundo especialistas na área. Essas empresas, que compram um grande volume de "calotes" com descontos, buscam a recuperação do crédito por meio de negociações com o devedor, propondo novas condições e prazos de pagamento.

Uma das razões para o forte aumento da inadimplência no ano foi a rápida subida do juro básico no País, hoje no patamar de 13,75% ao ano. No Brasil, 78,9% das famílias têm dividas vencidas, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Fora isso, um aumento da competição no mercado de crédito fez muitas pessoas pegarem empréstimos em mais de uma instituição, mesmo estando "negativadas".

Esse mercado de compra e venda de dívidas vencidas vem se desenvolvendo no Brasil a passos largos. Os bancos e outros agentes de crédito vendem suas carteiras de dívidas já vencidas, com baixa chance de recuperação. Essas carteiras são adquiridas por firmas especializadas mediante um gordo desconto em relação a seus valores reais. A partir daí, buscam negociações com os devedores.

Segundo Marcela Gaiato, diretora da Recovery, recuperadora de crédito do Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), o volume negociado no mercado tradicionalmente sobe no fim do ano, momento em que os bancos tentam "limpar" o balanço, repassando adiante o crédito vencido há mais tempo, já provisionado e dado como prejuízo.

'NOVATOS'

A executiva da Recovery lembra que, até outubro, o volume do segmento era de R$ 45 bilhões - já acima dos R$ 40 bilhões de todo o ano passado. "Também estamos observando empresas de novos setores vendendo suas carteiras", diz.

Entre essas novas empresas, estão fintechs, varejistas e empresas de consumo - como as de gás e luz. Isso, segundo ela, é demonstração de mais maturidade do setor, com as companhias passando seus débitos de difícil renegociação para negócios especializados.

O presidente da Return (recuperadora de crédito do Santander (BVMF:SANB11)), Lauro Leite, frisa que o ano fechará com cerca de R$ 75 bilhões em dívidas vencidas transacionadas, um valor recorde. Pelas regras do Banco Central (BC), o banco precisa provisionar um calote quando o atraso atinge 180 dias, e deve lançá-lo como prejuízo em seu balanço quando bate os 360 dias. É nesse momento que começa o repasse desses débitos.

O executivo do Santander lembra que houve ainda um lote de R$ 15 bilhões em dívidas que chegou a entrar em negociação recentemente, mas o negócio não foi fechado. Segundo ele, a exigência de um alto desconto não agradou ao vendedor, que resolveu "segurar" a dívida por enquanto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.