As vendas nos shoppings registraram uma alta de 13,5% em setembro, quando comparadas com o mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 7, pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).
Dados do Monitoramento de Mercado Abrasce - Índice Cielo (BVMF:CIEL3) de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce) apontam que em relação ao desempenho do pré-pandemia (setembro de 2019), o aumento nas vendas foi de 7,9%, sendo a quinta elevação consecutiva nessa métrica. No ano, o setor acumula uma recuperação de 28% sobre igual intervalo de 2021.
Do ponto de vista regional, as localidades que apresentaram resultados acima da média nacional no mês, em relação a setembro de 2021, foram: Sul (14,6%), Sudeste (13,9%) e Nordeste (13,9%). As regiões Centro-Oeste e Norte, apresentaram alta de 11% e 7,7%, respectivamente.
A entidade destaca que mesmo com um cenário macroeconômico, caracterizado pelas pressões adicionais da Selic no mercado de crédito, o tíquete médio de vendas nos shoppings ficou em R$ 123,30 em setembro. Já o valor médio das lojas de rua foi de R$ 87,22.
Outro destaque para o mês, aponta a Abrasce, foi o aumento no número de frequentadores dos empreendimentos. O fluxo de pessoas, segundo dados do IPEC e Mais Fluxo, cresceu 17,4% em relação ao mesmo período de 2021.
"Diante desse aumento contínuo na frequência de visitantes, a Abrasce estima um aumento de 11% no quadro de funcionários dos shoppings com a contratação de 112 mil trabalhadores temporários, um incremento de 14% sobre igual intervalo do ano passado", afirma a entidade em nota.
Na avaliação do presidente da Abrasce, Glauco Humai, a aceleração das vendas acompanha o cenário de arrefecimento da inflação, abrindo espaço no orçamento familiar para o consumo de bens e contribuindo para a elevação da confiança dos consumidores.
"Há outros fatores positivos também que levam otimismo ao mercado, como a expansão das vagas de trabalho, que traz aumento para a massa de rendimentos do trabalhador, possibilitando a aquisição de mais itens, e a crescente recuperação no fluxo de visitantes, o que colabora para as boas estimativas sobre o fim de ano, marcado por importantes datas comemorativas, como a Black Friday e Natal, essa última a data comercial mais importante para o comércio", diz o executivo.