🐂 Nem todas as ações ganham no rali. Lista do ProPicks deste mês tem 5 ações subindo +20% Saiba mais

Após cair, dólar sobe com Treasuries e inflação na Focus, à espera de corte de gastos

Publicado 18.11.2024, 06:58
Após cair, dólar sobe com Treasuries e inflação na Focus, à espera de corte de gastos
USD/BRL
-
ITUB4
-

O dólar passou a subir no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 18, após recuar nos primeiros negócios com uma realização de lucros em meio alta das commodities. O mercado de câmbio se ajusta ao avanço dos juros futuros, após a piora nas expectativas de inflação no boletim Focus. Também influencia a valorização dos rendimentos dos Treasuries intermediários e longos e do dólar ante pares rivais e moedas emergentes no exterior. Investidores internacionais precificam sinais de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para um possível ritmo menor de flexibilização monetária nos EUA.

Os investidores aguardam palestra do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (12 horas), e principalmente o anúncio de corte de gastos pelo governo, que deve acontecer após a reunião de líderes do G20 no Rio.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que o pacote "está fechado" com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e que o anúncio ocorrerá "brevemente". Segundo ele, falta acertar os ajustes no Ministério da Defesa. O Ministério da Fazenda teria apresentado ao Congresso um pacote de corte de gastos de R$ 70 bilhões para os próximos dois anos, com R$ 30 bilhões previstos para 2025 e o restante em 2026.

No relatório Focus, a mediana para a inflação suavizada dos próximos 12 meses subiu de 4,09% para 4,14%. O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. A mediana para o IPCA de 2024 subiu pela sétima semana seguida, de 4,62% para 4,64% - acima do teto da meta, de 4,50%. A mediana para a inflação de 2025 subiu de 4,10% para 4,12%, mais próxima do teto, de 4,50%, do que do centro da meta, de 3%. A mediana para a inflação de 2026 aumentou de 3,65% para 3,70%, distanciando-se do centro da meta pela terceira semana seguida.

A mediana para Selic no fim de 2025 subiu de 11,50% para 12%. Agora, está acima da estimativa intermediária para o fim de 2024, que se manteve em 11,75% pela sétima semana seguida.

A mediana do relatório Focus para o déficit em conta corrente do Brasil em 2024 passou de US$ 45,92 bilhões para US$ 46,47 bilhões. A estimativa intermediária para o déficit de 2025 passou de US$ 47,0 bilhões para US$ 48,0 bilhões. Os números indicam que os déficits em transações correntes continuarão sendo financiados pelo Investimento Direto no País (IDP). A mediana para o IDP de 2024 passou de US$ 72,0 bilhões para US$ 71,50 bilhões, e para 2025, oscilou de US$ 74,0 bilhões para US$ 73,56 bilhões.

O Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) elevou sua projeção para a taxa Selic, em meio à expectativa de um dólar mais elevado, atividade doméstica forte e avanço nas previsões de inflação. O banco agora vê o juro básico indo até 13,50% no decorrer de 2025, permanecendo neste nível até o final do ano que vem. A estimativa anterior era de que a Selic ficasse em 12% ao ano. A instituição elevou também sua estimativa cambial para R$ 5,70 em 2024 e 2025. Antes as estimativas eram de R$ 5,40 (2024) e R$ 5,20 (2025), a despeito do aumento do diferencial de juros. O Itaú reduziu também expectativas para ciclo de cortes do Federal Reserve de 200 pontos-base para 150 pontos-base.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,15% na segunda quadrissemana de novembro, após alta de 0,32% na primeira semana. As informações foram divulgadas há pouco pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula alta de 4,28% em 12 meses.

Nos EUA, após o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicar que "parece inteligente" seguir com corte de juros mais lentamente, se os dados permitirem, a presidente do Fed de Boston, Susan Collins, afirmou na sexta-feira que não vê urgência em cortar juros, mas quer "preservar a economia saudável". O dirigente do Fed de Richmond, Tom Barkin, disse que espera que a inflação continue a desacelerar em 2025 e sugeriu que o Fed poderia diminuir o ritmo dos cortes nas taxas.

Às 9h44, o dólar à vista subia 0,03%, a R$ 5,7901. O dólar para dezembro ganhava 0,15%, a R$ 5,7980.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.