Washington, 3 dez (EFE).- A Comcast, maior provedora de TV a cabo
dos Estados Unidos, anunciou hoje que vai adquirir junto à General
Electric (GE) uma porção majoritária e o controle das redes "NBC" e
"Telemundo", além de 24 canais a cabo e o estúdio cinematográfico e
os parques de diversões da NBC Universal.
Na transação proposta, a Comcast vai pagar à General Electric US$
6,5 bilhões em dinheiro e US$ 7,25 bilhões em ativos para compra. No
acordo, a "NBC" é avaliada em US$ 30 bilhões.
A General Electric, por sua vez, vai comprar 20% das ações da
"NBC" (que pertencem à companhia francesa Vivendi) por US$ 5,8
bilhões.
Se a transação obtiver a aprovação das autoridades federais
americanas, a Comcast vai controlar 51% do novo conglomerado,
enquanto a General Electric terá 49%.
Segundo alguns meios de comunicação americanos e franceses, o
acordo foi acertado em uma reunião em Paris com os executivos-chefes
da GE, Jeffrey Inmelt, e da Vivendi, Jean-Bernard Levy, após semanas
de negociações.
A Comcast é o maior operador de serviços a cabo nos EUA e
controla os canais "E!", "Golf Channel", "Versus" e "Style", entre
outros. Cerca de 23,8 milhões de clientes recebem os sinais de TV,
enquanto 15,7 milhões assinam os serviços de internet de alta
velocidade e 7,4 milhões os de telefonia, segundo dados da empresa.
A NBC Universal surgiu em 2004, como resultado da fusão da "NBC",
filial da General Electric, e da Vivendi Universal. O grupo
industrial americano ficou com 80% de participação.
A GE fechou os nove primeiros meses do ano com uma queda de 43%
em seu lucro em comparação a 2008. A receita caiu 15%.
A NBC Universal registrou um ganho de US$ 732 milhões no
trimestre passado, 13% a mais que há um ano, embora tenha registrado
uma queda de 27% nos nove primeiros meses do ano.
Por sua vez, a Comcast teve lucro líquido de US$ 944 milhões no
terceiro trimestre deste ano, frente aos US$ 771 milhões há um ano.
Nos nove primeiros meses do ano, foram US$ 2,7 bilhões, comparados
aos US$ 2,1 bilhões do mesmo período do ano anterior. EFE