Bolsonaro diz que gostaria de dólar abaixo de R$4, mas que não se trata apenas do cenário interno

Publicado 20.11.2019, 09:33
Atualizado 20.11.2019, 09:37
Bolsonaro diz que gostaria de dólar abaixo de R$4, mas que não se trata apenas do cenário interno

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira preferir que a cotação do dólar estivesse abaixo de 4 reais, mas ponderou que o comportamento da taxa de câmbio também está atrelado a fatores externos, como o embate de tarifas comerciais entre os Estados Unidos e a China.

"Nós gostaríamos de um dólar abaixo de 4 reais", disse na saída do Palácio da Alvorada, acrescentando que a taxa de câmbio não reflete apenas questões internas. "O mundo está todo conectado. Qualquer problema lá fora tem reflexo no mundo todo, não é só aqui, não", disse.

O dólar atingiu recorde histórico nominal para um fechamento nesta semana após encerrar a segunda-feira acima de 4,20 reais, e analistas dizem que até o fim do ano qualquer ajuste de baixa tenderá a ser limitado.

Mesmo com a correção na véspera, o dólar segue muito próximo da marca psicológica de 4,20 reais, patamar que para alguns analistas pode perdurar, devido à carência de perspectiva de relevante fluxo de recursos ao país até o fim do ano, num período sazonalmente já marcado por saída de moeda.

Na terça-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que parte da explicação para o movimento recente de valorização do dólar frente ao real tem relação com o resultado do leilão de excedente da cessão onerosa.

Mas ressaltou que essa era uma parte da explicação. "Parte é global, parte é pré-pagamento. Tem muito exportador que também está segurando, importador que está segurando", disse o presidente do BC. "São várias explicações."

Na saída da residência oficial da Presidência, Bolsonaro também voltou a comentar sobre projetos para incentivar o desenvolvimento da indústria de telecomunicações, bem como o leilão das frequências para telefonia móvel 5G vai acontecer no próximo ano.

"Nós fazemos comércio com o mundo todo. Tem mais empresas se habilitando também. O que for melhor para o Brasil, tecnicamente e financeiramente a gente embarca", afirmou.

Ainda comentou sobre problemas de desmatamento, destacando que se trata de uma questão "cultural". "Você não vai acabar com desmatamento. Nem com queimada. É cultural."

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