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Com ajuda externa, dólar fecha em baixa após saltar mais de 9% em apenas 5 pregões

Publicado 08.05.2020, 17:09
Atualizado 08.05.2020, 18:00
© Reuters. .

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Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda nesta sexta-feira, após cinco altas consecutivas, mas ainda acumulou valorização em uma semana marcada pela aproximação do patamar de 6 reais, depois de renovadas tensões políticas e de corte mais intenso nos juros.

Sinais mais amigáveis entre China e EUA sobre um acordo comercial deram argumentos para alguma realização de lucros nesta sessão, na qual o dólar também caía no exterior.

Os principais representantes comerciais dos Estados Unidos e da China discutiram a Fase 1 de seu acordo comercial nesta sexta-feira, e o país asiático disse que concorda em melhorar a atmosfera para sua implementação, enquanto os EUA disseram que os dois lados esperam que as obrigações sejam cumpridas.

A notícia amenizou temores de que o governo Trump pudesse adotar novas medidas contra a China, segundo Washington, por causa da maneira como o país asiático lidou com o início do surto do coronavírus --que se espalhou pelo mundo, tem destruído empregos e deve provocar a maior recessão em décadas na economia global.

Mas, pelo menos no Brasil, qualquer alívio no câmbio é visto com desconfiança por alguns no mercado, diante da percepção de que as variáveis ainda apontam um real sob pressão.

"Embora o real esteja com excesso de depreciação sob todas as nossas métricas de avaliação, a dinâmica está nos forçando a dispensar agora qualquer previsão no curto prazo", disse o BNP Paribas (PA:BNPP) em nota a clientes.

Lembrando a decisão do Copom nesta semana de cortar a Selic em intensidade ainda mais forte que a esperada --o que pressionou mais o câmbio--, os estrategistas do banco francês Gabriel Gersztein e Samuel Castro dizem que uma moeda tão fraca numa economia tão fechada como a brasileira beneficiaria apenas as contas do governo e exportadores de materiais básicos.

Eles concluem que, no fim, tamanha debilidade do real pode não ser boa para a economia. Uma economia já abalada é citada como elemento a prejudicar o câmbio, já que oferece poucos atrativos para ingresso de capital externo que poderia aumentar a oferta de dólar.

"A menos que a autoridade monetária não continue intervindo, o risco final continua sendo uma fuga desordenada de capital de locais, em nossa opinião", disseram Gersztein e Castro.

No fechamento das operações locais no mercado à vista, o dólar caiu 1,71%, a 5,7401 reais na venda.

Na véspera, a cotação se aproximou de 5,90 reais e encerrou em novo recorde histórico nominal.

Nesta semana, a divisa subiu 5,56%.

O dólar se apreciou bem mais de 1% em cada um dos últimos cinco pregões, período no qual acumulou um salto de 9,05%.

© Reuters. .

Na B3, o dólar futuro cedia 1,66%, a 5,7490 reais, às 17h03 desta sexta-feira.

O real cai 30,09% em 2020, pior desempenho global. A moeda brasileira tem a performance mais fraca também desde meados de março, quando ativos financeiros no mundo começaram a se recuperar da liquidação iniciada semanas antes por causa da escalada da crise do Covid-19.

Veja abaixo gráfico da variação percentual da moeda brasileira e de alguns pares emergentes desde 23 de março. A linha do real é a laranja em destaque:

Últimos comentários

Sera que cai mais?
Pode comprar que esta barato
Na hora que tiver look down vai tudo virar pó volta aos 30k
No andar da carruagem chegará à R$5 ou R$4 nos próximos meses, como venho insistindo. É natural esse movimento tumultuado no câmbio. Mas esse movimento foi de fundamental importância para o Real, de modo que investidores vão percebendo que o aumento pontual do dólar não implica rompimento do Ibov como muitos acharam, chegando aos 70mil p. E recordemos que a Libra é a moeda mais cara e os Ien e Ian mais baratos em relação ao dólar, mas não significa essa desvalorização psicológica que as pessoas tem na cabeça: "Nossa-a dólar caro-o". Claro que guardadas devidas proporções e contextos.
O me chamou mais atenção O dólar se apreciou bem mais de 1% em cada um dos últimos cinco pregões, período no qual acumulou um salto de 9,05%.
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