Esta small cap decolou +30% no mês e a disparada pode estar apenas começando
(Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, afirmou nesta quarta-feira que os dados disponíveis atualmente ainda não são suficientes para a instituição passar uma indicação sobre até quando durará o "período bastante prolongado" de manutenção da Selic em 15% ao ano.
Durante participação em evento do Goldman Sachs, em Washington, David reforçou ainda que caso o Banco Central precise "corrigir" a Selic "para cima ou para baixo", isso será feito.
Em sua última reunião, em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic em 15% pela segunda reunião consecutiva, indicando a intenção de seguir com uma "política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado".
David disse nesta quarta-feira que o BC não quer ser levado a uma decisão errada por ruídos ou por alguns poucos dados econômicos, preferindo ter mais certeza de que o cenário econômico é compatível com o cumprimento da meta, o que demanda serenidade.
O diretor do BC acrescentou que a suspensão da alta de juros, tomada em julho deste ano, foi recebida pelo mercado como a decisão correta naquele momento.
Ao mesmo tempo, ele lembrou que o Brasil tem crescido acima das expectativas nos últimos quatro anos, o que é um "crescimento robusto", mas que neste ano prevê que o crescimento ficará dentro das expectativas. David disse que é difícil pensar em contenção da inflação sem que haja uma moderação da atividade econômica.
MERCADO DE CÂMBIO
Durante o evento, David também reforçou a mensagem de que o câmbio no Brasil é flutuante e que o BC atua no mercado apenas para corrigir disfuncionalidades.
Segundo ele, a decisão do BC de não rolar a totalidade dos swaps que venceriam em 1º de outubro foi apenas uma "calibragem", e não uma intervenção no mercado.
Estavam programados para vencer em outubro 601.544 contratos de swaps cambial, mas o BC deixou uma pequena fatia deste total expirar normalmente, sem rolagem. De acordo com David, o mercado não reagiu a isso.
(Reportagem de Fabrício de Castro, de São Paulo)