Dólar fecha distante do pico do dia após EUA excluírem série de produtos do tarifaço contra o Brasil

Publicado 30.07.2025, 17:07
Atualizado 30.07.2025, 17:26
© Reuters. Notas de dólarn16/05/2016. REUTERS/Kham

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta, mas abaixo dos R$5,60 e distante do pico do dia, após os Estados Unidos excluírem uma série de produtos brasileiros da cobrança de tarifa de 50%, trazendo alívio ao mercado.

A moeda norte-americana à vista fechou o dia em alta de 0,36%, aos R$5,5885. No ano, porém, a divisa acumula queda de 9,56%.

Às 17h03, na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido no Brasil -- mostrava estabilidade, aos R$5,5815.

O avanço do dólar ante outras divisas no exterior, somado à expectativa antes das decisões sobre juros nos EUA e no Brasil, deu suporte à moeda norte-americana ante o real. A imposição de novas sanções dos EUA ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi outro fator de suporte ao dólar, que atingiu a cotação máxima de R$5,6315 (+1,13%) às 13h09 no mercado à vista.

Pouco depois das 15h, a Casa Branca informou que o presidente dos EUA, Donald Trump, havia assinado o decreto oficializando a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

Em reação, o dólar voltou a acelerar os ganhos ante o real, para a faixa dos R$5,61, e as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) ganharam força, em uma primeira reação à notícia.

Mas as informações de que os EUA haviam excluído uma série de produtos brasileiros do tarifaço fez o dólar despencar ante o real logo depois, com a moeda virando para o negativo, e as taxas dos DIs de alguns vencimentos também passarem a cair.

O dólar à vista marcou a cotação mínima do pregão de R$5,5469 (-0,39%) às 15h46, quando as exceções à tarifação dos EUA ao Brasil já haviam sido divulgadas.

Entre os produtos excluídos da tarifação estão suco de laranja, aeronaves civis e peças, celulose, produtos petrolíferos, fertilizantes, produtos de energia, ferro gusa e metais preciosos.

No entanto, carne e café -- dois produtos importantes da pauta exportadora do Brasil para os EUA – ficaram fora da lista de exceções.

O dólar ainda fechou o dia em alta ante o real, mas abaixo dos R$5,60 e distante da máxima de R$5,6315 vista no início da tarde, em um claro sinal de que as exceções aliviaram as preocupações entre os agentes com o tarifaço dos EUA.

No exterior, o dólar seguia em alta firme após o Federal Reserve manter a taxa de juros na faixa de 4,25% a 4,50%, mas em decisão dividida entre seus membros (9 a 2). Às 17h07, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,92%, a 99,799.

Ainda nesta quarta-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgará sua decisão sobre a taxa básica Selic, hoje em 15%. O mercado precifica amplamente a manutenção da taxa neste patamar. Mais do que a decisão em si, os agentes estarão atentos às indicações para os próximos encontros do colegiado.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.