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Dólar à vista vira para o positivo com compra de moeda por importadores

Publicado 17.11.2023, 10:05
© Reuters. REUTERS/Dado Ruvic
USD/BRL
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SÃO PAULO (Reuters) - Após ter oscilado no território negativo na abertura, o dólar à vista virou para o positivo nesta manhã no Brasil, com importadores e outros agentes do mercado aproveitando as cotações mais baixas para comprar a moeda norte-americana.

Às 11:17 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,47%, a 4,8933 reais na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 11:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,55%, a 4,8990 reais.

A alta do dólar ante o real no fim da manhã contrastava com o cenário visto no exterior, onde a divisa dos EUA se mantinha em baixa ante a maior parte das divisas de países emergentes e exportadores de commodities.

Profissional ouvido pela Reuters afirmou que, com o dólar à vista perto dos 4,85 reais, importadores foram às compras, assim como players interessados na aquisição de moeda antes do fim do ano. Tradicionalmente, o mês de dezembro é marcado por remessas de divisas ao exterior por parte de fundos e multinacionais, o que eleva a demanda por dólar.

No exterior, a tendência mais geral para o dólar ainda era de baixa, embora a divisa dos EUA também tivesse recuperado algum fôlego ante moedas como o peso chileno e o peso mexicano.

Por trás do viés de baixa para o dólar estava a percepção de que, em função dos números mais recentes de inflação e atividade, o Federal Reserve tende a não elevar mais os juros no curto prazo.

"A bateria de dados inflacionários e de atividade em economias-chave segue amparando apostas cada vez mais seguras de que o fim de ciclo teria chegado nos EUA, bem como alimentando apostas em ritmo de corte (de juros) mais agressivas do que o vislumbrado no passado recente para os próximos anos", ponderou a equipe da Commcor DTVM em boletim enviado pela manhã a clientes.

No Brasil, o dado de maior interesse pela manhã foi o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que recuou 0,06% em setembro na comparação com o mês anterior, segundo número dessazonalizado. A leitura do mês foi bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,20%, e marcou o segundo mês seguido no vermelho.

O índice, considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apontou contração de 0,64% no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, e mostrou perda de força ao longo do ano, depois de ter avançado 2,39% no primeiro trimestre e 0,75% no segundo.

Neste contexto, as taxas dos contratos de DIs (Depósitos Interfinanceiros) passavam por mais uma sessão de queda no Brasil.

Já o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, disse mais cedo nesta sexta-feira que os impactos de choques fiscais na inflação são persistentes e que, quando a dívida é maior, esse impacto também é majorado.

"Quando você dá um choque no resultado nominal ou quando você dá um choque no resultado primário... tem um impacto sobre a inflação para cada 1%-0,5% (de impacto fiscal), e no 'core inflation' (núcleo da inflação) é até mais persistente", disse Guillen em seminário organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), citando em sua apresentação dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

© Reuters. REUTERS/Dado Ruvic

Os comentários de Guillen não tiveram maior efeito sobre os preços dos ativos, mas a questão fiscal seguia como um dos assuntos acompanhados de perto pelos investidores.

Na quinta-feira o dólar à vista fechou a sessão a 4,8706 reais na venda, em alta de 0,15%.

 

(Por Fabrício de Castro)

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