Dólar avança frente ao real em linha com cautela externa antes de dados dos EUA

Publicado 02.10.2023, 10:19
Atualizado 02.10.2023, 10:20
© Reuters. REUTERS/Sertac Kayar

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subia frente ao real nos primeiros negócios desta segunda-feira, acompanhando a manutenção da força da divisa norte-americana no exterior antes de uma enxurrada de dados econômicos desta semana.

Investidores trabalham com perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, enquanto dados fracos da zona do euro ajudam a minar a confiança internacional.

Às 10h11 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,65%, a 5,0598 reais na venda. Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,46%, a 5,0795 reais.

"É uma semana bem movimentada, principalmente porque se refere à divulgação de dados nos Estados Unidos, e, querendo ou não, o que nos puxa para tentar traçar uma estratégia é se vai haver ou não um aumento de juros próximo ou mais para o final do ano (nos EUA)", disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

"Vamos aguardar os dados serem divulgados para a gente ter uma noção um pouco melhor de para onde vai esse dólar."

Ao longo desta semana, serão divulgados dados de indústria, serviços e mercado de trabalho nos EUA, com destaque para o relatório de abertura de vagas fora do setor agrícola, agendado para sexta-feira, que será acompanhado de perto pelo Federal Reserve.

A divisa norte-americana tem vivido nas últimas sessões um rali em relação a uma cesta de partes fortes, depois que o Federal Reserve indicou aos mercados no mês passado que manterá os juros altos por mais tempo de forma a combater a inflação.

Quanto mais altos os juros nos EUA, mais o dólar tende a se valorizar globalmente, uma vez que os rendimentos dos Treasuries ficam atraentes quando comparados aos retornos de títulos emergentes, de risco muito maior.

O acordo de última hora no Congresso norte-americano para evitar uma paralisação do governo chegou a aliviar momentaneamente a confiança global nesta segunda-feira, mas, além da expectativa pelos dados dos EUA desta semana, uma leitura muito fraca da atividade fabril da zona do euro amargou o apetite por risco dos mercados.

Apesar do ambiente internacional conturbado, "o real permanece atrativo, considerando os altos níveis de taxa de juros e os fundamentos, embora a força do dólar possa atrasar uma recuperação da moeda brasileira", avaliou Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury.

A taxa Selic está atualmente em 12,75%, e, embora o Banco Central esteja no meio de um ciclo de afrouxamento, a política monetária deve permanecer restritiva por um bom tempo, mantendo os retornos oferecidos em real atraentes para investidores estrangeiros.

Na última sessão, na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0273 reais na venda, em baixa de 0,25%.

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