Investing.com - Diante do avanço das autoridades dos EUA no confisco de ativos da Rússia, alguns analistas consideram que a “desdolarização” irá se acentuar nos próximos anos. Para o banco de investimento Wells Fargo (NYSE:WFC), entretanto, a divisa americana continuará sendo a principal moeda de reserva internacional por muito tempo.
A recente proibição de transações com o banco central e o ministério das finanças da Rússia pelos EUA e seus aliados, além do bloqueio de aproximadamente US$ 300 bilhões em ativos soberanos russos no Ocidente, após a invasão na Ucrânia, suscita questionamentos sobre a permanência do dólar como moeda de reserva.
Em resposta, Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e aliado próximo do presidente Vladimir Putin, advertiu que Moscou poderia confiscar ativos de cidadãos americanos.
Tais ações teriam um impacto limitado na função do dólar como moeda reversa, mas poderiam chamar a atenção da China, considerando sua significativa exposição à divisa americana.
O uso contínuo de sanções econômicas pelos EUA e as preocupações fiscais já levantam dúvidas sobre o status do dólar. O risco de confisco de bens poderia intensificar essas incertezas.
"Os desafios geopolíticos entre Washington e Pequim podem incentivar a China a se distanciar do dólar e de outros ativos de economias avançadas", apontam analistas da Wells Fargo em nota datada de 3 de maio.
Apesar de tentativas de reduzir a relevância do dólar ao longo dos anos, como acordos de compensação entre Brasil e China e a aceitação do renminbi por exportadores de energia do Oriente Médio, o Wells Fargo considera que tais movimentos têm impacto limitado.
Para ser considerada uma "moeda de reserva", uma moeda deve ser amplamente aceita, usada globalmente em comércio e transações, e respaldada por um mercado de dívida sólido e acessível. O dólar cumpre todos esses critérios, e embora outras moedas também tenham essas características, fatores como fragmentação na zona do euro e controles de capital na China limitam suas chances de desbancar o dólar.
"Levando em conta todos esses fatores, vemos alternativas limitadas para os gestores de reservas cambiais, e, portanto, o status do dólar como moeda de reserva global parece seguro no futuro próximo", conclui o Wells Fargo.
O Morgan Stanley (NYSE:MS) também reconhece a forte influência do dólar, prevendo apenas uma redução moderada e gradual de seu uso global, apesar de um aumento esperado na multipolaridade e nos baixos custos de diversificação para os gestores de reservas.
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