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Dólar contraria exterior e sobe ante real com importadores na compra de moeda

Publicado 17.11.2023, 17:11
© Reuters. Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
USD/BRL
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Importadores e outros participantes do mercado de câmbio aproveitaram as cotações mais baixas, após os recuos recentes, para comprar dólares nesta sexta-feira, o que fez a moeda norte-americana à vista fechar em alta firme ante o real, a despeito do recuo visto no exterior.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9056 reais na venda, em alta de 0,72%. Na semana, no entanto, a moeda dos EUA acumulou baixa de 0,18%. No mês de novembro, o dólar acumula queda de 2,68%.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 17:15 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,80%, a 4,9110 reais.

No início do dia, o dólar ensaiou nova baixa ante o real, em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio à percepção de que, com os números mais recentes de inflação e atividade, o Federal Reserve tende a não elevar mais os juros no curto prazo. Assim, o dólar atingiu a menor cotação do pregão de 4,8516 reais (-0,39%) às 9h01, logo após a abertura dos negócios no Brasil.

Três profissionais ouvidos pela Reuters ao longo do dia afirmaram que, com o dólar à vista perto dos 4,85 reais, importadores foram às compras, assim como players interessados na aquisição de moeda antes do fim do ano. Tradicionalmente, o mês de dezembro é marcado por remessas de divisas ao exterior por parte de fundos e multinacionais, o que eleva a demanda por dólar.

“O Brasil ainda é um país em que a importação influencia muito. Quem é operador de dólar pronto (à vista) sente: qualquer queda de 2 centavos no dólar, eles vêm agressivamente comprar”, pontuou Evandro Caciano head de câmbio da Trace Finance. “De manhã houve compras fortes, o que forçou o preço.”

O diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, também chamou atenção para as compras sazonais de fim de ano, com “bancos estrangeiros e filiais de multinacionais remetendo lucros e dividendos para suas sedes no exterior”. Por isso, segundo ele, é natural que quando a divisa atinge cotações mais baixas apareçam compradores, impulsionando os preços do dólar.

No pico da sessão, às 16h40, o dólar à vista foi cotado a 4,9071 reais (+0,75%).

O avanço do dólar ante o real ocorreu apesar de, no exterior, o viés principal para a moeda norte-americana ser de baixa, em mais um dia de queda dos rendimentos dos Treasuries.

© Reuters. Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes

Às 17:15 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,45%, a 103,900.

Pela manhã, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de janeiro.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 1,481 bilhão de dólares em novembro até o dia 10. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 1,194 bilhão de dólares no período e, pelo comercial, saídas de 287 milhões de dólares.

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