AO VIVO: Lula assina MP contra tarifaço de Trump
Investing.com – O dólar iniciou a semana em alta, em um ambiente de relativa estabilidade antes da intensificação esperada na volatilidade dos mercados, à medida que se aproxima o prazo de 9 de julho para a definição dos acordos comerciais dos Estados Unidos.
Às 7h50 de Brasília, o Índice do Dólar, que mede o desempenho da divisa americana frente a uma cesta de seis grandes moedas, subia 0,23%, aos 97,047 pontos, pouco acima da mínima de mais de três anos registrada na semana anterior.
Mercado cambial em compasso de espera
A moeda norte-americana manteve-se dentro de uma faixa estreita nesta segunda-feira, com investidores atentos ao fim do período de 90 dias de suspensão das tarifas adicionais instituídas pelo governo Trump no chamado "Dia da Libertação".
O presidente Donald Trump afirmou que, ainda hoje, anunciará cerca de uma dúzia de países que receberão notificações formais sobre novas tarifas mais elevadas, previstas para entrar em vigor a partir de 1º de agosto.
A expectativa é que a maioria dos parceiros comerciais enfrente aumentos tarifários substanciais ao fim da moratória. Apesar disso, Trump também declarou que sua equipe está próxima de concluir diversos acordos comerciais, com anúncio previsto para os próximos dias.
Até o momento, apenas Reino Unido, China e Vietnã chegaram a algum tipo de entendimento com a Casa Branca.
“Elevações tarifárias para níveis próximos de 50% podem, temporariamente, deteriorar o ambiente de risco global. Mas, considerando o atual posicionamento leve dos investidores em dólar, o espaço para novas depreciações da moeda parece limitado”, avaliaram analistas do ING, em relatório.
Euro recua após máxima recente
Na Europa, o EUR/USD registrava queda de 0,3%, sendo cotado a 1,1747. O euro devolve parte dos ganhos da semana passada, quando atingiu 1,1829, o nível mais elevado desde setembro de 2021.
Dados divulgados nesta segunda-feira mostram que a produção industrial da Alemanha cresceu acima do previsto em maio, impulsionada pelo setor automotivo e pela geração de energia. O avanço foi de 1,2% em relação a abril, superando a expectativa de estabilidade.
Embora o Banco Central Europeu tenha reduzido os juros pela oitava vez em um ano no mês passado, a projeção é de que a autoridade monetária aguarde até setembro para adotar nova flexibilização, diante das incertezas comerciais e da recente valorização do euro, conforme análise da Capital Economics.
Na semana passada, representantes comerciais da União Europeia estiveram em Washington para reuniões com autoridades do governo Trump. Um entendimento definitivo, contudo, ainda não foi alcançado. A UE defende um acordo "em princípio", que contemple redução tarifária imediata para setores estratégicos.
"Nosso cenário-base contempla ou uma extensão das negociações ou a formalização de um acordo preliminar pouco detalhado", escreveram os analistas da Capital Economics.
O GBP/USD recuava 0,3%, negociado a 1,3607. Apesar da queda, a libra esterlina segue próxima da máxima recente de 1,3787, registrada na semana anterior — patamar mais alto desde outubro de 2021.
Segundo o Halifax, os preços das residências no Reino Unido permaneceram estáveis em junho na comparação mensal. A instituição revisou ainda os dados de maio, indicando agora queda de 0,3%, ante recuo anterior de 0,4%.
Os números evidenciam a desaceleração do mercado imobiliário britânico após o aumento do imposto sobre transações imobiliárias, em vigor desde abril.
Moeda australiana cai antes de decisão do RBA
Na Ásia, o USD/JPY avançava 0,4%, alcançando 145,18, com os mercados à espera de definições sobre os acordos comerciais dos EUA, em especial com o Japão — onde as negociações seguem travadas.
O USD/CNY subia 0,1%, a 7,1726, enquanto o AUD/USD caía 0,8%, sendo negociado a 0,6504. A divisa australiana segue em retração após ter atingido, na semana passada, o maior patamar em quase oito meses (US$ 0,6590).
A expectativa majoritária do mercado é de que o Banco de Reserva da Austrália reduza sua taxa básica em 0,25 ponto percentual nesta terça-feira, em resposta ao arrefecimento da inflação e à crescente incerteza sobre a trajetória de crescimento da economia.