Ação da Raízen desaba com prejuízo bilionário em meio a aumento da dívida
Investing.com – O dólar operava com leve alta no exterior nesta sexta-feira, mas deve encerrar a semana no negativo, pressionado por indicadores que sugerem desaceleração da economia dos Estados Unidos e persistência de tensões no comércio internacional.
Às 8 h de Brasília, o Índice do Dólar, que mede o desempenho da divisa frente a uma cesta composta por seis moedas fortes, subia 0,2%, a 98,892 pontos, acumulando queda semanal próxima de 0,5%.
Os dados econômicos divulgados ao longo da semana indicam um enfraquecimento do mercado de trabalho americano, em meio à instabilidade gerada pelas medidas comerciais adotadas pelo governo Trump.
Os pedidos iniciais de seguro-desemprego subiram para o maior patamar em sete meses, enquanto levantamento da ADP mostrou criação de vagas abaixo do esperado no setor privado durante maio.
Com isso, os agentes de mercado voltam suas atenções ao relatório oficial de empregos, cuja divulgação está prevista para esta sexta-feira. A mediana das projeções aponta para a geração de 130 mil postos, com manutenção da taxa de desemprego em 4,2%.
Segundo o ING, uma criação inferior a 100 mil empregos, acompanhada de elevação na taxa de desemprego, poderia provocar novo recuo do dólar frente a outras moedas.
Na quinta-feira, a maioria das divisas avançou contra o dólar, em reação à notícia de uma longa conversa telefônica entre Trump e o presidente da China, Xi Jinping.
BCE sugere pausa no ciclo de cortes
Na Europa, o euro (EUR/USD) recuava 0,2%, para 1,1425, após alcançar na véspera o maior patamar em 18 meses, impulsionado pelas decisões do Banco Central Europeu.
O BCE reduziu sua taxa básica em 0,25 ponto percentual na quinta-feira, em linha com o consenso, mas adotou um tom mais conservador quanto a futuras reduções. A presidente Christine Lagarde sinalizou que o atual ciclo de afrouxamento monetário pode estar próximo do fim.
O ING observou que o mercado ainda embute um corte adicional de 25 pontos-base até o fim do ano, mas a expectativa foi postergada de setembro para outubro.
“O par EUR/USD flertou com o nível de 1,1500 após os comentários de Lagarde. Para ultrapassá-lo e mirar a máxima de abril em 1,1575, seria necessário um conjunto de dados fracos nos EUA hoje”, avaliou o banco.
O GBP/USD também cedia 0,2%, a 1,3545, após ter atingido uma máxima de três anos na sessão anterior, acumulando alta semanal de cerca de 0,6%.
Dúvidas sobre o BOJ pesam sobre o iene
Na Ásia, o USD/JPY avançava 0,4%, sendo negociado a 143,96, com o iene sob pressão diante de incertezas sobre a capacidade do Banco do Japão de seguir elevando os juros.
Indicadores de consumo doméstico fracos divulgados nesta sexta-feira, somados a dados de renda salarial abaixo do esperado apresentados ontem, levantaram preocupações quanto à evolução do consumo privado no país. Esse cenário pode limitar o espaço do BoJ para novas altas na taxa básica, dado seu impacto potencial sobre crescimento e inflação.
O USD/CNY subia 0,1%, a 7,1849. A recente conversa entre Trump e Xi Jinping teve pouco efeito concreto sobre as expectativas envolvendo as negociações comerciais, que seguem estagnadas.
Embora Trump tenha descrito o diálogo como produtivo, o mercado ainda aguarda uma resolução mais definitiva após o acordo provisório de redução de tarifas fechado em maio.