Dólar sobe no exterior, mas segue pressionado por temores fiscais nos EUA

Publicado 22.05.2025, 07:50
© Reuters.

Investing.com — O dólar opera com leve alta nesta quinta-feira, embora as preocupações fiscais sigam limitando os ganhos da moeda, em meio à expectativa pela aprovação do projeto fiscal do presidente Donald Trump.

Por volta das 7h45 de Brasília, o Índice do Dólar, que mede o desempenho da divisa frente a uma cesta de seis moedas fortes, avançava 0,32%, aos 99,750, após acumular três quedas consecutivas.

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O projeto de reforma fiscal e de aumento de gastos proposto por Trump superou um estágio crucial na Câmara na quarta-feira, após receber sinal verde de um comitê de controle, que liberou o texto para votação em plenário ainda nesta quinta.

Se aprovado na Câmara, o texto segue para o Senado, onde deverá enfrentar semanas de discussões, sob liderança da maioria republicana.

As incertezas em torno da tramitação têm gerado pressão sobre o dólar, especialmente após o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, na sigla em inglês) projetar que o pacote adicionará US$ 3,8 trilhões à já expressiva dívida pública dos Estados Unidos, que atualmente soma US$ 36,2 trilhões.

A agência de classificação de risco Moody’s reduziu a nota de crédito soberana dos EUA, retirando o rating máximo AAA, citando a incapacidade recorrente dos governos em resolver o avanço da dívida federal.

“O mercado aumentou a aversão ao risco diante do impacto fiscal do projeto, o que provocou mais uma rodada coordenada de vendas tanto em ações quanto em títulos americanos na sessão anterior. Esse movimento acabou pressionando o dólar em diversos pares”, afirmaram analistas do ING em relatório.

Um leilão de títulos de 20 anos, que registrou demanda fraca, reforçou o sentimento negativo, afetando não só a divisa americana, mas também os índices de Wall Street.

Libra se valoriza após dados robustos de crescimento

Na Europa, o euro (EUR/USD) recuava 0,1%, cotado a 1,1319, após a atividade econômica da zona do euro apresentar uma contração inesperada em maio, reflexo de uma desaceleração mais acentuada no setor de serviços, que é dominante na região.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) composto preliminar da HCOB caiu para 49,5, ante os 50,4 registrados em abril, abaixo do patamar de 50 que separa expansão de retração, contrariando as expectativas de avanço para 50,7.

“Consideramos prematura uma valorização do EUR/USD até 1,150, já que faltam evidências consistentes dos efeitos negativos das tarifas sobre a economia americana. Naturalmente, caso os PMIs apontem uma divergência crescente entre as economias dos EUA e da Europa, que a cúpula do G7 não ofereça sinais de alívio nas tensões comerciais e, sobretudo, que os rendimentos dos Treasuries permaneçam pressionados, um novo movimento de alta no EUR/USD se torna praticamente inevitável”, destacou o ING.

A libra esterlina (GBP/USD) avançava 0,1%, negociado a 1,3426, apoiado no PMI composto do Reino Unido, que subiu para 49,4 em maio, superando os 48,5 registrados no mês anterior.

Esse resultado veio na esteira dos dados divulgados na quarta-feira, que mostraram uma inflação acima do previsto no Reino Unido em abril.

“Os mercados reduziram apenas de forma marginal as apostas em cortes de juros, mantendo a probabilidade de ajuste em agosto próxima de 50%. Por isso, o dado de inflação não foi suficiente para fornecer suporte mais robusto à libra”, avaliaram os analistas do ING.

Iene atinge maior patamar desde o início de maio

Na Ásia, o iene subia 0,5%, sendo negociado a 143,04 no par USD/JPY, menor nível desde 7 de maio.

O movimento ocorreu após declarações do ministro das Finanças do Japão, Katsunobu Kato, indicando que questões relacionadas ao câmbio não foram discutidas durante as conversas com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, nas reuniões do G7 realizadas no Canadá.

Já o iuane caía 0,1%, negociado a 7,2043 no par USD/CNY, em um ambiente de baixa volatilidade.

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