Dólar ronda estabilidade com expectativa por decisões de Fed e Copom

Publicado 29.01.2024, 09:11
Atualizado 29.01.2024, 10:05
© Reuters. Notas de dólar
REUTERS/Jo Yong-Hak

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar rondava a estabilidade frente ao real nesta segunda-feira, conforme investidores aguardavam as decisões de política monetária de Brasil e Estados Unidos desta semana, de olho ainda nas tensões geopolíticas.

Às 9:53 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,03%, a 4,9125 reais na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 9:53 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,15%, a 4,9145 reais.

No exterior, o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 0,06%, a 103,610.

O foco de investidores estava totalmente voltado para o encontro de política monetária de dois dias do Federal Reserve, que se encerrará na quarta-feira. Apesar da ampla expectativa de manutenção dos juros nesta semana, o mercado está atento a possíveis sinalizações do banco central norte-americano sobre quando começará a cortar os custos dos empréstimos.

Recentemente, muitos operadores do mercado de juros futuros dos EUA --que até o final do ano passado concentravam a maioria das apostas num primeiro corte em março-- adiaram para maio a previsão para o início do afrouxamento monetário do Fed.

Por outro lado, os últimos dados econômicos pintaram um quadro de controle da inflação, com o índice de preços PCE vindo em linha com as expectativas, e de resiliência da economia, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superando as previsões no quarto trimestre.

"Essas boas notícias, entretanto, tornam o trabalho mais difícil para o banco central americano... dada a força da economia dos Estados Unidos e a resiliência do mercado de trabalho, acreditamos que (o chair do Fed) Jerome Powell deve argumentar contra as apostas do mercado de uma flexibilização iminente da política monetária", disse Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank.

"Considerando que os mercados ainda estão precificando uma chance de 50% de um primeiro corte em março, esperaríamos que a alta do dólar continuasse se os membros do banco contrariarem as perspectivas de tal movimento."

Enquanto isso, no Brasil, o Banco Central também divulgará o resultado de sua reunião de política monetária na quarta-feira, com visão praticamente consensual de nova redução de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 11,25%.

"Esperamos que a reação a esse anúncio seja pequena, já que o espaço para surpresas é limitado e pelo fato de que todos os holofotes vão estar direcionados ao banco central dos Estados Unidos", disse Moutinho.

Participantes do mercado disseram ainda nesta segunda-feira que os investidores estão monitorando as tensões geopolíticas, depois que os Estados Unidos prometeram responder ao primeiro ataque mortal contra suas forças no Oriente Médio desde o início da guerra de Gaza.

Três militares norte-americanos foram mortos e pelo menos 34 ficaram feridos em um ataque de drone por militantes apoiados pelo Irã no nordeste da Jordânia, perto da fronteira com a Síria, afirmou o Comando Central dos EUA no domingo.

Embora o aumento da tensão geopolítica tenda a impulsionar o dólar globalmente ao elevar a demanda por segurança, também pode acabar aumentando o preço das commodities, o que, em alguns casos, jogaria a favor de divisas emergentes.

Na última sessão, na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9110 reais na venda, em baixa de 0,24%

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