Dólar sobe após dados fortes dos EUA em meio à expectativa por decisões de BCs

Publicado 30.07.2025, 09:12
Atualizado 30.07.2025, 10:25
© Reuters. Nota de dólarn01/06/2017nREUTERS/Thomas White

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista subia ante o real nesta quarta-feira, na esteira dos ganhos da moeda norte-americana no exterior depois que os Estados Unidos apresentaram dados mais fortes do que o esperado para a atividade econômica e o mercado de trabalho, com as decisões do Banco Central e do Federal Reserve também no radar.

Às 9h57, o dólar à vista subia 0,32%, a R$5,5863 na venda,

Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,19%, a R$5,592 na venda.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA subiu 3,0% a uma taxa anualizada no segundo trimestre, recuperando-se da contração de 0,5% no trimestre anterior e superando a expansão de 2,4% projetada em pesquisa da Reuters com economistas.

Já o relatório da ADP sobre o setor privado informou que foram criados 104.000 postos de trabalho nos EUA em julho, revertendo a perda de 23.000 vagas em junho e acima dos 75.000 empregos previstos na pesquisa da Reuters.

Os dados demonstraram que a maior economia do mundo, apesar das políticas comerciais e econômicas erráticas do presidente Donald Trump, continua resiliente, afastando alguns temores sobre o impacto econômico das medidas e potencialmente reduzindo ainda mais o espaço que o Fed terá para reduzir a taxa de juros neste ano, em meio a sinais de que a inflação dos EUA já sofre o impacto das tarifas.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,51%, a 99,391.

O Fed anunciará sua próxima decisão de juros nesta quarta, às 15h, e deve manter a taxa inalterada na faixa de 4,25% a 4,50%.

No Brasil, a expectativa para esta quarta é de que os membros do BC decidam manter a taxa Selic em 15%, como sinalizaram que poderiam fazer na reunião anterior.

Os agentes também continuam atentos à aproximação do prazo de 1º de agosto para a implementação de tarifa de 50% pelos EUA sobre produtos brasileiros, à medida que o governo do Brasil busca negociar a taxa com Washington, mas sem obter sucesso até o momento.

"Recentemente, tivemos algumas indicações de que pode haver algum tipo de diálogo entre EUA e Brasil, isso acabou dando algum fôlego para o mercado", disse Fernanda Campolina, especialista em câmbio da One Investimentos.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que tem buscado contato com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, para discutir a tarifa de 50% e que uma conversa pode acontecer quando o norte-americano retornar de viagem à Europa.

(Edição de Camila Moreira e Isabel Versiani)

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