Calendário Econômico: Fed é centro das atenções por motivos econômicos, políticos
Por José e de e Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Depois de cair abaixo de 4 reais mais cedo, o dólar abandonou a firme queda e passou a operar em torno da estabilidade nesta quinta-feira, tomando algum fôlego conforme a cotação se aproximou de um importante suporte técnico, enquanto no exterior a moeda ganhava tração num dia frágil para alguns ativos de risco em meio a incertezas sobre questões comerciais entre EUA e China.
Por volta de 15h, o dólar à vista operava perto da estabilidade, a 4,0330 reais na venda. Às 9h58, a cotação tocou 3,9991 reais na venda (-0,84%), mínima intradia desde 19 de agosto.
Na B3, o contrato de dólar futuro de maior liquidez ainda caía 0,10%, a 4,0320 reais, mas longe da mínima do dia (4,0010 reais).
O mercado começou o dia ainda firme na ponta de venda de dólar, depois de duas quedas expressivas na esteira do otimismo com a aprovação final da reforma da Previdência no Congresso e de crescentes expectativas de ingressos de recursos oriundos de leilões de petróleo a ocorrerem em novembro.
Mas investidores decidiram dar uma pausa no movimento à medida que o dólar testava níveis abaixo de 4 reais, ainda considerados atrativos para compra. Além disso, a cotação enfrenta um forte suporte técnico em torno de 3,97 reais, correspondente à média móvel linear de 100 dias.
O não rompimento desse patamar deu força aos compradores, o que fez a divisa voltar a superar o nível de 4 reais.
Além disso, o dólar ganhava força no cenário internacional, em sintonia com um aumento na demanda por segurança diante de ruídos sobre as relações EUA e China.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, acusou nesta quinta-feira a China de restringir "direitos e liberdades" em Hong Kong em uma ampla crítica ao comportamento do país asiático, mas também insistiu que os EUA não buscam confronto ou uma dissociação de seu principal rival econômico.
O índice do dólar subia 0,18%, perto das máximas do dia.