Por Daren Butler e Tuvan Gumrukcu
ISTAMBUL/ANCARA (Reuters) - A Turquia deteve 235 pessoas por supostos laços com militantes curdos durante uma operação de âmbito nacional nesta segunda-feira, dois dias depois que duas explosões consecutivas mataram 44 pessoas e feriram cerca de 150 do lado de fora de um estádio de futebol em Istambul.
O ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, prometeu que os responsáveis pelos ataques de sábado, reivindicados por uma ramificação do grupo militante PKK, serão "varridos desta geografia".
"Nosso povo espera que derrotemos e eliminemos essa organização terrorista, que vem atacando nossa nação há 40 anos", disse Soylu ao fazer uma visita de condolências a um quartel do batalhão de choque da polícia em Istambul.
"Queremos que todos saibam que eles não chegarão a lugar nenhum se escondendo por trás de partidos políticos, de políticos, por trás daqueles veículos de mídia que os protegem", afirmou o ministro.
A maioria dos mortos nas explosões era de policiais do batalhão de choque. Enterros foram realizados pelo segundo dia nesta segunda-feira, e os caixões das vítimas foram adornados com a bandeira turca. Uma reunião de gabinete foi adiada para que ministros de governo pudessem comparecer.
Aviões de guerra turcos realizaram ataques contra alvos do PKK no norte do Iraque, destruindo um quartel do grupo e posições de armas e abrigos nos arredores, disse um comunicado do Exército.
As operações foram iniciadas após uma ramificação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicar, no domingo, responsabilidade pelos ataques a bomba.
Equipes policiais antiterrorismo em Istambul levaram separadamente sob custódia 20 autoridades do Partido Democrático dos Povos (HDP), pró-curdos, e realizaram buscas em diversos endereços, incluindo em escritórios do partido, segundo a agência de notícias estatal Anadolu..
A maior autoridade do HDP em Ancara está entre as 17 pessoas do partido presas em operações na capital, relatou a Anadolu, acrescentando que 51 pessoas foram detidas na cidade de Mersin e cinco na província de Manisa.
O PKK é visto como organização terrorista pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia.
(Por Daren Butler)