Washington, 23 nov (EFE).- O Instituto Internacional de Finanças (IIF) afirmou nesta quarta-feira que a situação na zona do euro "piorou" no último mês até cair "em uma nova recessão", que provocará uma contração da economia europeia de 1% de seu Produto Interior Burto (PIB) em 2012.
De acordo com o IIF, que engloba cerca de 400 entidades financeiras de todo o mundo, esta nova recessão provocará "uma ampliação dos déficits orçamentários e debilitará a qualidade dos ativos financeiros ainda mais" na zona do euro.
Para o último trimestre do ano 2011, a associação bancária prevê uma contração de 2%, em consequência da escassez de crédito e dos ajustes fiscais.
O IIF foi a entidade que, em representação do setor bancário privado, conduziu as negociações com as instituições da União Europeia (UE) nas quais foi acordado um "perdão" de 50% sobre a dívida grega no mês passado.
Neste sentido, criticou os líderes políticos europeus que estão lutando para "se manter flutuando" nesta difícil situação e lamentou que algumas de suas ações "estão fazendo o problema piorar, não melhorar".
"O programa de alívio da dívida da Grécia está espantando os investidores de outros mercados periféricos, e os bancos estão sendo forçados a aumentar seus ratings de capital rapidamente, o que acelerará a contração de seus balanços", indicou o estudo, dirigido por Phillip Suttle, economista-chefe do IIF.
Além disso, ressaltou que os países, especialmente a Itália, "foram dolorosamente lentos na hora de adotar reformas estruturais".
O grupo de banqueiros insistiu que o Banco Central Europeu (BCE) é a única instituição capaz de oferecer "apoio realista" nas próximas semanas e detalhou que é "provável" que a política expansiva do BCE continue em sua reunião de dezembro.
O IIF alertou que "a fraqueza na zona do euro pode se estender ao resto do mundo, principalmente através do setor bancário".
Como notas positivas, o estudo destacou a crescente demanda dos mercados emergentes dentro da economia mundial o que qualificou como "salva-vidas", e acrescentou que o comportamento das economias americana e chinesa nos últimos meses do ano foi "melhor que o previsto". EFE