Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Por Lucas Liew
CINGAPURA (Reuters) - Os contratos futuros do minério de ferro subiram nesta quarta-feira, impulsionados pelo fortalecimento dos laços entre a Austrália, maior produtora de minério, e a China, maior mercado consumidor do ingrediente siderúrgico.
Os ganhos de preço, no entanto, seguem limitados por preocupações com a persistente fraqueza do setor imobiliário chinês.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,05%, a 773 iuanes (US$107,70) a tonelada.
O minério de ferro de referência de agosto na Bolsa de Cingapura avançava 1,04%, a US$99,95 a tonelada.
Como as exportações da Austrália para a China são dominadas pelo minério de ferro, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, viajou para Pequim com executivos das gigantes da mineração Rio Tinto (LON:RIO), BHP e Fortescue, que se reuniram com autoridades do setor siderúrgico chinês na segunda-feira.
Depois de uma reunião entre Albanese e o presidente chinês Xi Jinping, os dois países concordaram com um novo Diálogo de Políticas sobre a Descarbonização do Aço, concedendo à Austrália uma visão do planejamento do governo chinês.
Albanese também disse que um acordo de livre comércio de uma década com a China, o maior parceiro comercial da Austrália, seria revisado.
Apesar do novo diálogo sobre descarbonização, a BHP disse que a produção de produtos de aço com baixo teor de carbono é muito cara e decidiu "não produzir ferro ou aço verde por conta própria".
Em meio a uma persistente desaceleração no mercado imobiliário da China, a produção de aço bruto em junho caiu 9,2% em relação ao ano anterior, levando o resultado do primeiro semestre ao nível mais fraco desde o início da pandemia, em 2020.
(Reportagem de Lucas Liew)