Por Geoffrey Smith
Investing.com -- The dollar was higher against high-yielding currencies but lower against havens in early trade in Europe on Friday, as the week-long flight to safety in global markets continued unabated.
Investing.com - O dólar estava em alta em relação a moedas de alto rendimento, mas em baixa em relação a portos seguros no início do pregão na Europa na sexta-feira (28), enquanto a corrida em direção à segurança iniciada no começo da semana continuou imbatível.
Ao longo da noite, a moeda norte-americana rumou a outra máxima de 10 anos contra o dólar australiano e rompeu o marco de 1,60 em relação ao dólar neozelandês pela primeira vez desde outubro.
No entanto, seus ganhos em relação a moedas europeias foram mais limitados, com o euro em torno de US$ 1,1 e a libra caindo apenas 0,2% para US$ 1,2864. Além disso, o dólar recuou em relação a tradicionais porto-seguros como o iene japonês e o franco suíço.
A libra foi apoiada pela divulgação de dados mais fortes do que o esperado de confiança do consumidor para fevereiro e o mais rápido ganho anual em preços de imóveis desde agosto de 2018, conforme números da Nationwide Building Society.
Os dados são consistentes com outros indicadores recentes que sugerem uma melhora na economia desde a eleição geral de dezembro. No entanto, o panorama global em rápida deterioração e a postura desafiadora do novo governo em relação à União Europeia no início das negociações de um acordo de livre comércio pode manter viva a esperança de um corte nas taxas de juros a curto prazo pelo Banco da Inglaterra.
Os mercados estão agora apostando fortemente em um afrouxamento monetário pelo Federal Reserve ao longo dos próximos meses. O rendimento do Tesouro a dois anos, sensível ao Fed, caiu abaixo de 1% na manhã desta sexta-feira, enquanto o rendimento do título de 10 anos despencou de 1,47% no início da semana para uma baixa recorde de 1,19% às 5h, embora tenha se recuperado para 1,213% às 10h10.
“Os mercados estão tentando ‘precificar’ um evento para o qual não há precedente conhecido. A volatilidade irá imperar até que os riscos relativos ao Covid-19 recuem”, disse John Lonski, economista chefe da Moody’s Capital Markets Research, em uma nota aos clientes.
No entanto, ele alertou, “sozinhos, os cortes nas taxas de juros do Fed não remediarão o vírus Covid-19. O que o Fed pode fazer é ajudar a facilitar o acesso à capital financeiro para famílias, negócios e governos locais que tenham problemas com fluxo de dinheiro por causa do vírus. O Fed irá tentar prevenir um vírus altamente contagioso de desencadear um ataque destruidor de contágio financeiro.”
Cortes de taxas de juros pelo Fed também seriam uma ajuda significativa para países com mercados emergentes cujas moedas se desvalorizaram rapidamente em relação ao dólar desde que o surto começou. Os mais afetados continuam a ser aqueles com as maiores relações comerciais com a China: o dólar subiu 2% em relação à rúpia indonésia nas negociações asiáticas, para uma máxima de oito meses, e subiu mais de 1,6% contra o rublo russo, para a máxima desde janeiro de 2019.