O dólar hoje caiu ante o iene e a libra, mas subiu em relação a outros pares fortes nesta terça-feira, em dia de feriado nos Estados Unidos. Em destaque, o dólar australiano subiu contra a moeda americana, após pausa hawkish do Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês). Entre emergentes, a lira turca voltou a chegar perto da mínima histórica, com a normalização da política monetária na Turquia no radar.
Por volta das 17h (de Brasília), o dólar caía a 144,44 ienes e a libra subia a US$ 1,2715. O euro recuava a US$ 1,0886. O índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, subia 0,08%, a 103,062 pontos.
A sessão foi de liquidez reduzida nos Estados Unidos com a comemoração do dia da independência americana, que fechou os mercados financeiros no país. Também não houve publicação de dados importantes da economia dos EUA. A volatilidade das divisas do dólar deverá acelerar apenas nesta quarta-feira, à medida que os investidores voltam sua atenção para a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), escreveu o ING em relatório.
Enquanto isso, o dólar australiano subiu na esteira da decisão do BC da Austrália divulgada nesta madrugada. O RBA optou por manter a taxa básica de juros em 4,10% ao ano, mas sinalizou que "algum aperto adicional" pode ser necessário para garantir o retorno da inflação à meta em tempo hábil - comunicação que o analista da Oanda Craig Erlam classificou como hawkish. A perspectiva de rendimentos maiores na Austrália fez com que a moeda ganhasse atratividade. No horário citado, a moeda ampliava ganhos a 0,6697 dólares, de US$ 0,6675 ao fim da tarde de ontem.
Já a lira turca voltou a ser negociada perto da mínima histórica contra o dólar, conforme as intervenções do governo no mercado de câmbio pelos bancos estatais da Turquia se tornam muito menos frequentes do que no período eleitoral. O dólar avançava a 25,9945 liras turcas, após ter máxima diária de 26,1525 e se aproximar da máxima histórica de 26,16 liras.
Na Ásia, os investidores continuam monitorando possíveis sinais de uma eventual intervenção sobre moedas em depreciação - em particular a chinesa e a japonesa. A Capital Economics espera que o iene e o yuan se recuperem até o fim do ano, pois projeta que os juros esperados do Federal Reserve (Fed) passem a cair mais à frente do ano, conforme o crescimento e a inflação em desaceleração instam o BC americano a reavaliar o seu ciclo de aperto. Isso aliviaria muito da pressão sobre a moeda da China e do Japão, segundo relatório da consultoria.