O dólar recuava no exterior no fim da tarde desta segunda-feira, com o Índice Dólar (DXY) cedendo ao menor nível desde 2 de janeiro, diante da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) apresente sinais mais contudentes de corte de juros nos EUA na ata de seu último encontro de política monetária, a ser divulgada na quarta-feira, e no Simpósio de Jackson Hole, que contará com discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell, na sexta-feira.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou em queda de 0,56%, a 101,886 pontos. No fim desta tarde, a moeda americana cedia a 146,58 ienes, a libra subia a US$ 1,2995 e o euro se apreciava a US$ 1,1087.
Outro direcional para o dólar veio da diminuição da percepção de risco geopolítico após o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmar, nesta segunda-feira, que Israel aceitou uma proposta de cessar-fogo para a guerra em Gaza, mas não detalhou a posição do Hamas.
Em meio à saída do dólar, o euro se manteve como uma das moedas beneficiadas, cotado acima de US$ 1,10. O ING explica que não houve uma reavaliação significativa das perspectivas para moeda europeia e que o movimento reflete inteiramente os fundamentos do dólar, diante de expectativas por corte de juros nos EUA. A moeda europeia deve oscilar na faixa entre US$ 1,05 e US$ 1,11, diz o banco.
O iene voltou a subir, após duas sessões em queda. A Capital Economics avalia que o iene continuará subindo, mas isso terá impacto limitado sobre as ações japonesas. Segundo a consultoria, o diferencial de juros entre as economias dos EUA e japonesa favorecem o iene, que ganhará terreno no curto prazo.