O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou estável, em uma sessão na qual o mercado, no geral, esteve com maior apetite por risco, o que prejudica o dólar, visto como um porto seguro. A divisa americana foi influenciada por indicadores nos Estados Unidos, com investidores atentos ao noticiário no mercado do petróleo.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 122,12 ienes, o euro recuava a US$ 1,0991, e a libra tinha baixa a US$ 1,3191. O índice DXY fechou estável, a 98,789 pontos, enquanto, na semana, teve alta de 0,56%.
Na madrugada, o DXY operava em baixa, e chegou a perder mais fôlego após divulgação de indicadores dos Estados Unidos. As vendas pendentes de imóveis tiveram queda de 4,1% em fevereiro ante janeiro, atingindo o menor nível desde maio de 2020, e o sentimento do consumidor recuou a 59,4 em março, ante expectativa de 59,7 dos analistas. Mais tarde, o dólar retomou impulso, mas não chegou a subir muito, com investidores acompanhando as movimentações do petróleo. O noticiário sobre relatos de um ataque a uma instalação da petroleira Saudi Aramco (SE:2222) contribuíram para apoiar levemente a moeda americana.
Para a Western Union, o dólar teve comportamento mais brando hoje, à medida que as ações globais se estabilizaram e o preço do petróleo dava sinais de moderação, embora ainda em níveis elevados. "A demanda por segurança no dólar recuou à medida que os investidores entraram em águas mais arriscadas", disse ela. Segundo a Capital Economics, como foi o caso na semana passada, um tom cada vez mais agressivo do Fed e um aumento nos rendimentos da T-note de 10 anos tiveram pouco impacto sobre o dólar. "Ainda há espaço para o dólar subir mais, à medida que os preços das commodities caem de suas máximas e as diferenças de rendimento de longo prazo aumentam em favor do dólar. Nossas últimas revisões de previsão apontam para uma fraqueza contínua nas moedas dos países europeus, uma vez que esperamos que a guerra na Ucrânia afete mais fortemente a atividade lá", destaca, em relatório enviado a clientes.
De acordo com a consultoria, o payroll da próxima semana e as pesquisas de empresas e consumidores da zona do euro e dos EUA podem fornecer o próximo catalisador para uma alta do dólar. "Esperamos dados de emprego sólidos novamente, mas a experiência recente lança algumas dúvidas sobre se isso dará ao dólar um impulso significativo e duradouro, agora que as intenções de política monetária do Federal Reserve foram explicitadas", dizem analistas do Unicredit (MI:CRDI).
* Com informações da Dow Jones Newswires