O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta quinta-feira, renovando máximas desde novembro de 2002. O ambiente de cautela nos mercados em geral favoreceu a divisa americana, apoiada também pela postura recente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de elevar os juros para conter a inflação.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 128,39 ienes, o euro recuava a US$ 1,0373 e a libra tinha baixa a US$ 1,2191. O DXY subiu 0,97%, a 104,851 pontos.
Na agenda de indicadores, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% em abril ante março, como esperado por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Na avaliação da Oxford Economics, a alta foi "robusta", mas o pico do índice parece próximo. Já a High Frequency Economics destacou em relatório que o dado reforça a postura do Fed para continuar a elevar os juros rapidamente.
A Western Union afirmou que o mercado cambial continua a se preparar para o aperto do Fed. Ela ainda apontou que a libra era pressionada por sinais de perda de fôlego na economia do Reino Unido. A Capital Economics, por exemplo, mencionou o risco de recessão no país europeu. Esta consultoria ainda aponta que o dólar deve continuar a se valorizar, ao longo do atual ciclo de aperto do BC americano. Em votação hoje, o presidente do Fed, Jerome Powell, foi confirmado pelo Senado para mais um mandato à frente da instituição.
A Western Union ainda destacou a fraqueza do euro frente ao dólar, no quadro atual. Hoje, segundo ela, a moeda comum atingiu mínima desde janeiro de 2017.
Entre outras ações em foco, o dólar recuava a 20,2947 pesos mexicanos. A moeda latina se fortaleceu após o Banco Central do México (Banxico) elevar os juros em 50 pontos-base, a 7,0%, em decisão dividida - uma dirigente votou por alta maior, de 75 pontos-base, diante da inflação.
O dólar ainda avançava a 117,2939 pesos argentinos. Na agenda do vizinho, o índice de preços ao consumidor subiu 58,0% em abril, na comparação anual, acelerando após a alta de 55,1% de março. Na comparação mensal, a alta foi de 6% - neste caso, houve desaceleração após alta de 6,7% em março.