Washington, 24 jul (EFE).- O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, declarou neste domingo que o Congresso tem de conseguir um acordo sobre o aumento do teto da dívida pública americana e considerou "impensável" que o país chegue a uma situação de moratória.
Em mensagem aos mercados, Geithner afirmou no programa "State of the Union" da rede "CNN" que, embora republicanos e democratas tenham visões "muito diferentes" de como solucionar a situação da dívida, "todos estamos de acordo que temos de conseguir um pacto".
"É difícil de fazer, mas é preciso manter isso fora das ideologias políticas, não queremos que a política interfira no crédito americano", insistiu.
Suas declarações ocorrem depois da reunião de sábado realizada na Casa Branca entre o presidente Barack Obama e os líderes dos dois partidos para tentar destravar as conversas que buscam encontrar a forma de aumentar o teto de endividamento, estabelecido em US$ 14,29 trilhões.
Caso não haja um acordo antes do dia 2 de agosto, segundo o Tesouro americano, o Governo federal ficaria sem verbas para honrar todas suas obrigações e deveria declarar-se, parcialmente, em moratória.
A reunião, convocada depois de o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, abandonar as conversas um dia antes, terminou sem um resultado concreto, mas, segundo Geithner, "estão começando a se aproximar".
Os analistas advertiram que a moratória desencadearia uma desestabilização dos mercados financeiros internacionais e colocaria a economia americana perigosamente à beira de uma grave recessão.
Geithner declarou que o Governo busca conseguir um plano "equilibrado" que se baseie em "reformas reais e economias reais", e considerou "crítico" que o Congresso aprove um novo teto da dívida que vá além das eleições presidenciais de 2012.
"O mais importante é que nos desfaçamos desta ameaça de descumprimento do país para os próximos 18 meses", enfatizou o secretário. EFE