São Paulo, 21 dez (EFE).- A Telefónica, proprietária da Telesp,
pediu à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), pela primeira vez em
caráter formal, detalhes da investigação antecipada pela reguladora
sobre a venda da GVT ao grupo francês Vivendi, informou hoje a
empresa, em comunicado.
Em carta dirigida à CVM, a Telefónica pediu "informações à
autarquia sobre os resultados já alcançados e as medidas adotadas a
partir das investigações iniciadas há cerca de um mês" e que
pretendem esclarecer "eventuais irregularidades" no negócio.
Em outubro, a Telesp lançou uma oferta pública para adquirir a
totalidade das ações do capital da GVT, mas o negócio dependia da
aceitação de 51% dos acionistas.
Por sua parte, o grupo francês anunciou no dia 13 de novembro que
tinha assegurado 57,5% do capital da GVT e que exerceria as opções
pelas ações restantes.
Na carta, a Telefónica afirma que o grupo francês comprou só em
um dia um "volume relevante de ações" e que "as manifestações
posteriores da Vivendi, buscando explicar a operação, deixaram todo
o mercado perplexo, fomentando dúvidas e suspeitas sobre os fatos
efetivamente ocorridos".
"A divulgação de informações ao mercado aparentemente
contraditórias por parte da Vivendi e de fundos e agentes
financeiros pode ter induzido os acionistas que venderam suas ações
a cometer um erro", apontou a Telefónica. EFE